Conteúdo publicado há 2 meses

Ciro chamou grupo político de 'Judas' antes de Cid trocar PDT por PSB

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que no Ceará há um grupo político de "Judas Iscariotes" - em referência ao apóstolo que traiu Jesus Cristo.

O que aconteceu

Sem citar nomes, a afirmação aconteceu dias antes do irmão dele, o senador Cid Gomes, se filiar ao PSB. Ciro participou de um evento organizado pela prefeitura de Fortaleza, na última sexta-feira (2).

"São os Iscariotes da vida. Nosso senhor Jesus Cristo, entre 12, tinha um que traiu com beijo. Pois aqui, no Ceará, tem um magote de Judas Iscariotes que deram com o pé. Deram com o pé em todos aqueles que lutaram por eles, e hoje querem transformar o estado do Ceará num quintal de ladroeira", disse Ciro.

O senador Cid Gomes se filiou ao PSB na manhã de domingo (4). Cid Gomes volta para a sigla após uma divisão no PDT e na família Ferreira Gomes, que começou em 2022.

Ciro também fez críticas ao governo de Elmano de Freitas (PT). "O governo do Ceará não tem uma obra que seja feita sem cobrança de propina. Eu digo isso aqui, a imprensa bota amanhã e eles, ao invés de me perguntar o que está acontecendo, dizem que vão me processar e nunca me processaram" afirmou.

O governo do Ceará já foi à Justiça contra Ciro Gomes. Em novembro de 2023 ele foi acionado para provar a fala de que no estado "não se realiza uma obra pública sem pagar propina".

"[Ele deve] indicar, expressamente, com base em que provas e fatos sustenta suas alegações contrárias a todo um conjunto de agentes, servidores e colaboradores que se dedicam, no serviço público estadual, a conduzir os processos licitatórios e os contratos tão necessários ao bem do povo cearense", trecho da interpelação da PGE a Ciro Gomes.

Rompimento com o PT

PT e PDT romperam em 2022 uma aliança de 16 anos no poder revezado entre as siglas. O racha ocorreu na família Gomes: Ciro e Cid se desentenderam por conta da escolha do nome do PDT para concorrer ao governo do estado em outubro.

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Cid queria emplacar o nome da governadora Izolda Cela (então no PDT) na sucessão de Camilo Santana (PT). Já Ciro tomou a frente e articulou para ser Roberto Cláudio o nome escolhido pelo PDT.

Izolda era o nome de consenso dos partidos aliados ao PDT, entre eles o PT, em acordo também com Cid Gomes. Entretanto, em busca de um palanque mais fiel à sua candidatura à Presidência, Ciro interveio, levando ao rompimento de uma aliança entres os grupos.

Em resposta à escolha, o PT lançou o nome de Elmano de Freitas para o governo, com apoio de Lula (PT). A derrota de Cláudio acabou caindo no colo de Ciro, por essa articulação.

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