Conteúdo publicado há 2 meses

Tales: Bolsonaro planeja negar na Justiça envolvimento com minuta do golpe

Após sugerir durante o ato de domingo na Paulista que sabia da existência da minuta golpista, Jair Bolsonaro pretende negar qualquer envolvimento com o documento, disse o colunista Tales Faria no UOL News desta segunda (26).

Bolsonaro e seus advogados ainda planejam negar na Justiça o envolvimento com a minuta do golpe, citada por ele ontem. De fato, aumenta a força da acusação contra ele.

Mas o Bolsonaro é da turma daqueles machistas cínicos, que têm como lema negar, negar e negar. Podem ser pegos na cama com a amante, mas vão negar até o fim e chamar a mulher de louca. Essa é a síntese da estratégia do Bolsonaro em relação ao golpe, repetida até na Avenida Paulista neste domingo. Ele negou, negou e negou o golpe. E nos acusa a todos de estarmos vendo coisas. Tales Faria, colunista do UOL

Tales comparou o discurso de Bolsonaro na Paulista às declarações do ex-presidente em reunião na qual atacou o então ministro da Justiça Sergio Moro por não lhe entregar o comando da Polícia Federal. O colunista ressaltou, porém, que a repetição da estratégia não deve surtir efeito prático.

No meio jurídico, o que vale é o convencimento dos juízes. Bolsonaro pode xingar, pode chamar Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e os outros do Supremo de 'loucos', mas estes cada vez mais se convencem de que ele estava mesmo na cama com o golpe de Estado ao seu lado.

Como o rei daquela fábula, Bolsonaro está nu. E não adianta chamar a todos nós de malucos. Mais do que nu, o ato mostrou que ele também está e se sente acuado. Esse discurso na Paulista é de um homem acuado, que sabe que será preso. Tales Faria, colunista do UOL

Ato é último sopro do bolsonarismo, que vai desidratar, diz advogado

O ato de ontem na Paulista foi um dos últimos respiros do bolsonarismo, que deve perder força à medida em que avançam as investigações contra Jair Bolsonaro, afirmou o advogado e doutor em Direito pela USP Renato Ribeiro de Almeida.

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O ato de ontem é político, previsto na Constituição. Mas foi o último sopro de um bolsonarismo que vai desidratar. Não politicamente, mas pela própria degradação da situação judicial do ex-presidente, naquela situação em que se organizava uma tentativa de golpe. Tivemos um ato grande. Não dá para negar a fotografia. Só que nada vai mudar a atitude de nenhum ministro. As provas estão ali. Renato Ribeiro de Almeida, advogado e doutor em Direito pela USP

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