Reinaldo: EUA interferem na política interna do Brasil com Allan dos Santos
Durante o programa Olha Aqui!, o colunista do UOL Reinaldo Azevedo criticou o governo dos Estados Unidos por negar a extradição de Allan dos Santos ao Brasil.
É um absurdo porque confere a ele [Allan dos Santos] a condição de um dissidente político e isso é uma interferência absurda na política interna brasileira. Reinaldo Azevedo
O governo dos Estados Unidos comunicou ao Brasil que não poderá extraditar o blogueiro Allan dos Santos por delitos que os americanos veem como crimes de opinião e que estariam garantidos no direito à liberdade de expressão. Mas, apesar da negativa, os americanos se disseram dispostos a dar prosseguimento ao processo contra o blogueiro em relação a outros crimes.
Diante da resposta dos Estados Unidos, Reinaldo destacou que Allan dos Santos cometeu crimes como, por exemplo, incitar a violência contra autoridades brasileiras. Além disso, destacou que os crimes nada têm a ver com liberdade de expressão.
Esse cara é um dissidente político? Ele está sendo processado por divergência de opinião aqui ou por cometimento de crime? (...) [essa decisão] confere a um criminoso comum o status que um criminoso comum não tem. Tanto é assim, que ele está lá participando de manifestações que são de natureza política contra um governo democrático e contra o estado brasileiro. (...) ele incitou a violência contra autoridades e fez acusações de crimes que não foram cometidos. Isso é muito sério e os Estados Unidos não podem ter a ambição de serem os árbitros da lei brasileira. O Brasil é uma democracia. Reinaldo Azevedo
O colunista do UOL ainda destacou que apesar da negativa dos EUA, Allan dos Santos cometeu sim crimes e que a extradição deveria ser liberada. Mas, diante da negativa, afirmou que resta ao Brasil apenas o princípio da reciprocidade.
Não tem o que o Brasil fazer a não ser a partir de agora, nas questões similares, passar a ter o mesmo procedimento. Já que o tratado de extradição não está valendo em situações similares, o governo brasileiro deve avaliar e fazer um julgamento aqui dentro para ver se a extradição pedida é possível ou não é possível. Não tem mais o que fazer. Reinaldo Azevedo
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Opinião
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