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Michelle Bolsonaro sobre sumiço de móveis: 'A verdade sempre prevalece'

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que "a verdade sempre prevalece" após a Presidência da República encontrar os 261 bens do patrimônio do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos e foram alvo de troca de acusações entre o governo Lula (PT) e a família Bolsonaro.

O que aconteceu

Michelle compartilhou uma matéria de 12 de janeiro de 2023 em que Lula voltou a reclamar das condições da residência oficial deixadas por Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o petista lamentou ainda estar dormindo em hotel, mas disse que o Alvorada seguia inabitável, acrescentando que a Granja do Torto, outra residência oficial, também foi "abandonada" pelo ex-ministro Paulo Guedes, seu último morador.

Ex-primeira-dama escreveu frase bíblica em legenda. Ela citou o versículo 2 do capítulo 12 do livro de Lucas: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto ou oculto que não venha a ser revelado".

Esposa de Bolsonaro fala em tentativa de "assassinato de reputação". Michelle acrescentou que, após 14 meses, a "verdade foi revelada" e ainda disparou: "Uma a uma todas as mentiras levantadas contra nós cairão por terra".

Michelle também compartilhou entrevista da atual primeira-dama, Janja da Silva. Na época, em janeiro de 2023, à GloboNews, Janja reclamou do estado de conservação de móveis e a ausência de objetos no Palácio do Alvorada e disse que o casal só se mudaria após a realização de inventário completo.

Claro que a capitalista travestida de socialista tinha que ter um álibi para gastar o dinheiro do contribuinte.
Michelle Bolsonaro, nos stories do Instagram

O PL Mulher também divulgou uma nota em que a ex-primeira-dama diz que "as medidas judiciais serão adotadas". O comunicado também afirma que a Comissão de Inventário Anual da Presidência "apressou-se" em apontar, ainda em 2022 — portanto, durante o governo Bolsonaro — que faltavam 261 móveis. O texto também diz que o caso é uma tentativa "criar uma cortina de fumaça e procurar esconder o real motivo das acusações caluniosas — comprar móveis luxuosos sem licitação".

Secom divulgou nota hoje e responsabilizou a gestão Bolsonaro

A Secom (Secretaria de Comunicação) divulgou uma nota em que responsabiliza a gestão Bolsonaro pelo desaparecimento dos móveis da Presidência. O posicionamento ocorreu através de nota na noite desta quarta-feira (20).

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Relatório apresentado pelo governo Bolsonaro, emitido em 4 de janeiro, dizia que 261 itens estavam perdidos, segundo o comunicado. "Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle", diz o texto.

A busca pelos móveis perdidos foi concluída no segundo semestre de 2023, diz a Secom. A pasta afirma que os itens foram encontrados em "diversas dependências diferentes da Presidência da República — não só no Alvorada".

A Secom também justifica a compra dos móveis novos enquanto os antigos estavam desaparecidos. "Foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido". O comunicado ainda diz que nem todos os itens encontrados estavam em condições de uso.

Entenda o caso

A nota da Secom foi divulgada apenas após reportagem do jornal Folha de S.Paulo noticiar que a Presidência havia encontrado todos os 261 bens que estavam desaparecidos. Os móveis foram motivo de discussão entre os casais Lula da Silva e Bolsonaro.

A disputa teve início durante a transição de governo, no início do ano passado. Lula e a primeira-dama Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando, quando Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michelle, se mudaram do local.

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Levantamento da Comissão de Inventário Anual, feito no Palácio da Alvorada, havia apontado preliminarmente, ainda em 2022, que 261 bens citados não haviam sido localizados durante os trabalhos. Já início do governo Lula, em 2023, a Presidência afirmou que uma nova conferência havia sido realizada e o número de bens desaparecidos diminuiu para 83.

O relatório final da comissão foi concluído só em setembro do ano passado. Segundo a Folha, na ocasião, todos os itens foram encontrados.

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