Conteúdo publicado há 7 meses

'Lado mais fraco', 'caiu no próprio buraco': veja reações à prisão de Cid

Diversos políticos já se manifestaram sobre a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (22). Ele voltou à prisão após a revelação de áudios em que Cid faz acusações contra a PF (Polícia Federal) e o ministro Alexandre de Moraes.

O que aconteceu

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) escreveu no X que "quando se fala nos mais altos poderes da República, a corda arrebenta para o lado mais fraco".

Já o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse que Cid "caiu no próprio buraco". "Diferente do áudio, na PF ele confirmou o teor da delação premiada, disse que não houve coação. Sem anistia para Cid, seu capitão e todos os outros golpistas".

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as apurações da PF e STF. "Um grupo de senadores vai propor uma CPI para investigar as acusações de crimes nas apurações do STF, a cargo da PF. O relato do ex-ajudante de ordem do governo anterior é muito grave e parece ser mais crível ainda devido a espontaneidade e por ele ter gravado o áudio enquanto estava solto".

Lindbergh Farias, deputado federal pelo PT-RJ, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro será o próximo a ser preso. "Grande dia", comemorou.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o ministro Alexandre de Moraes. "A lei é ele. Não gostou das verdades que foram expostas a público e mandou prendê-lo de novo".

Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) questionou se "a prisão do Cid não seria uma confirmação da veracidade do conteúdo do áudio dele".

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) escreveu no X que "a cada dia que passa, fica mais evidente que a tentativa de golpe do dia 08 de janeiro não foi um mero acaso".

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, disse que "a hora do mito [Bolsonaro] também vai chegar, falta pouco".

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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) escreveu no X que os bolsonaristas "apostam na confusão, no caos, na desinformação". "Mas terão todos que responder pelos atos ilícitos que cometeram. O que não faltam são provas e testemunhos de seus crimes".

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que Mauro Cid "tentou fazer jogo duplo". "mas só esqueceu que teve celulares, computadores e documentos apreendidos com as provas dos crimes que ele e seu chefe cometeram".

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Prisão

Moraes determinou a prisão de Cid por obstrução de Justiça. A decisão aconteceu após oitiva que foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Apesar da ordem de prisão, ainda não há uma decisão de Moraes sobre a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid. Os áudios de Cid provocaram estremecimento na relação com os investigadores, pela condição de colaborador que ele ostentava.

Segundo o colunista Aguirre Talento, há uma avaliação de que as informações apresentadas por Cid em seus depoimentos já foram corroboradas por outras provas independentes. Por isso, o seu acordo não seria indispensável para as investigações.

Os áudios mostram uma conversa entre o tenente-coronel e um amigo. O militar afirma que a PF "não quer saber a verdade" e sugeriu que foi coagido.

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