Irmã e filha de Marielle comentam prisões: 'É um passo crucial'
A irmã de Marielle Franco, a ministra Anielle Franco, e sua filha única, Luyara Franco, comentaram as prisões dos supostos mandantes do crime contra a vereadora em publicação nas redes.
O que aconteceu
"Acordo com o coração apertado, mas com esperança", escreveu Luyara. A filha da vereadora afirmou que esse "é um passo crucial" e que acredita que a "Justiça está sendo feita".
Anielle agradeceu ao ministro do STF Alexandre de Moraes. A investigação do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes ficou sob responsabilidade do ministro após transferência do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
"Estamos mais perto da Justiça". Ela também agradeceu ao empenho da Polícia Federal, do governo federal, e dos ministérios públicos envolvidos no caso.
"Domingo de celebração de fé e Justiça", diz Flávio Dino. O ministro do STF também se pronunciou pelas redes sociais com a publicação de um salmo. "Como a palmeira, florescerão os justos, que se elevarão como o cedro do Líbano.", disse.
Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?
Anielle Franco, em publicação nas redes sociais
A luta por verdade e justiça por minha mãe, Marielle Franco, segue firme. Sua voz nunca será silenciada.
Luyara Franco
É importante não perdermos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandantes. Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse.
Nota divulgada pela família de Marielle
Hoje a prisão dos irmãos Brasão e do Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, deixa claro quem matou, quem mandou matar e quem não deixou investigar. Esse é um ponto importante para explicar porque ficamos seis anos de angústia.
Marcelo Freixo, ex-deputado e atual presidente da Embratur
Apontados como mandantes foram presos hoje
Chiquinho Brazão, deputado federal; Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foram presos na manhã de hoje. Eles são apontados como mentores da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, em março de 2018. Já Rivaldo foi detido por obstrução de Justiça, apurou o UOL.
Delação premiada de Ronnie Lessa motivou buscas. O documento foi homologado na semana passada, informou o Ministério da Justiça. Na ocasião, os advogados do ex-PM, acusado de ser o executor do crime, abandonaram a defesa dele.
Chiquinho negou envolvimento após ser apontado por Lessa. Após a delação do ex-PM, ele afirmou que "tinha a mesma posição política que Marielle". Ele também questionou a delação afirmando que era o "relato de um criminoso".
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