Josias: Allan dos Santos é prisioneiro de sua nova realidade no EUA
O blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, é prisioneiro de sua nova realidade nos Estados Unidos, analisa o colunista Josias de Souza no UOL News desta quarta (30).
Santos divulgou recentemente que está trabalhando como motorista de aplicativo em Orlando. "Não deixarei de fazer jornalismo, mas tenho prioridades, contas e não faço acordos com criminosos", escreveu. Em uma publicação, ele aparece dirigindo um carro da Tesla e diz: "Chupa, Xandão".
É uma situação adversa que ele preferia não enfrentar. Ele tinha uma vida confortável. Ele se diz jornalista, na verdade, ele é um ativista da ultradireita. Tomou um lado, é um partidário do Bolsonaro e fez o que estava ao seu alcance para privilegiar esse lado, inclusive, difundiu mentiras nas redes sociais. E essas redes eram monetizadas, davam a ele uma vida muito confortável no Brasil. Ele foi para os Estados Unidos, num primeiro momento continuou com a vida confortável e hoje o que se percebe, ele próprio diz: 'tenho boletos para pagar'.
Ele faz piada do próprio infortúnio, mas a exposição dessa nova realidade mostra que, embora fugitivo da justiça brasileira, o Allan dos Santos é hoje prisioneiro de uma nova realidade. Ele está preso numa nova realidade, que o força, entre outras coisas, a trabalhar.
E foi cercado pelo Alexandre de Moraes. Por isso ele faz a provocação ao Alexandre de Moraes, que ele chama de Xandão, porque ele está lá num automóvel produzido pelos empreendimentos do Elon Musk, que é um outro adversário do Alexandre de Moraes.
Josias de Souza, colunista do UOL
Josias diz que, para o Brasil, é desmoralizante que Santos ainda esteja foragido nos Estados Unidos.
O Brasil tenta de forma até desesperada trazê-lo de volta para o país. Há um departamento no Ministério da Justiça que se dedica a recuperação de ativos desviados para fora do país e cabe a esse departamento negociar junto ao Itamaraty quando personagens como Allan dos Santos estão foragidos para trazê-los de volta para o país.
E o Brasil tentou de todas as formas convencer os Estados Unidos a devolver o Allan dos Santos para responder pelas acusações imputadas a ele no Brasil. E os Estados Unidos não devolveram. O Itamaraty, o Ministério da Justiça precisa explicar o que aconteceu em relação a esse episódio.
Tales: Bolsonaro é carta quase invisível até no baralho político da direita
Mais cedo no UOL News, o colunista do Tales Faria disse que A ida de Jair Bolsonaro ao Senado para negociar a anistia a ele próprio e aos golpistas envolvidos no 8 de janeiro mostra como o ex-presidente se tornou um personagem irrelevante até mesmo dentro da direita.
Ninguém no Congresso está muito a fim de dar anistia ao Bolsonaro. Na eleição, ele mostrou ser capaz de trair até o PL e Valdemar [Costa Neto, presidente do partido]. Traiu a direita toda, o [Ronaldo] Caiado [governador de Goiás], Ratinho [Júnior, governador do Paraná], [Ricardo] Nunes [prefeito reeleito de São Paulo], [Pablo] Marçal... Traiu todo mundo.
Tales Faria, colunista do UOL
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Josias: Valdemar deve querer se reaproximar de Lula da forma mais esquisita
Em outro comentário, Josias de Souza ironizou dizendo que o caso da falsa filiação de Lula ao PL deve esconder um desejo de reaproximação entre Valdemar Costa Neto e o presidente da República.
É realmente incômoda esta descoberta de que um sujeito pode entrar no sistema do TSE pelas vias normais e inserir uma falsa filiação de um personagem notório como Lula. A despeito da notoriedade, ele virou um filiado do PL.
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Quero receberDeve ser um desejo incontido do Valdemar Costa Neto [presidente do PL] de voltar às boas com Lula. Valdemar já foi parceiro dele em aventuras políticas no passado. O vice do Lula nos seus primeiros mandatos foi José Alencar, que foi filiado ao PL e saiu em 2005, quando se descobriu que o partido havia se lambuzado naquele escândalo do mensalão.
Josias de Souza, colunista do UOL
Tales: PL precisa de alta punição em falsa filiação de Lula
O PL tem grande parcela de responsabilidade no caso da falsa filiação do presidente Lula (PT) ao partido e precisa ser punido com rigor pelo TSE, afirmou o colunista Tales Faria.
É um absurdo que não haja uma grande punição. Se o TSE dá ao partido a possibilidade de decidir sobre a filiação de alguém, ele precisa ser altamente responsabilizado sobre isso. Até porque há essa possibilidade de, em fazendo uma filiação, ser desfeita aquela que uma pessoa tiver com outro partido.
Primeiro: tem que haver uma alta responsabilização do PL. Segundo: o próprio Tribunal precisa ter um esquema de checagem. Não se pode automaticamente desfazer uma filiação a um partido a partir de um pedido de outra sigla. Esse esquema está errado.
Tales Faria, colunista do UOL
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