Sakamoto: 'Se faltar dinheiro, basta Eduardo Bolsonaro pedir um Pix ao pai'
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Após pedir licença da Câmara para ficar nos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) provavelmente não terá problema com dinheiro, avaliou hoje o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News, do Canal UOL.
Se precisar de dinheiro, Eduardo pede um Pix para os seguidores radicais do bolsonarismo, que vão doar milhões para ele da mesma forma que doaram para o pai [ex-presidente Jair Bolsonaro].
Dinheiro não vai faltar. O pai pode passar alguns milhões que foram doados via Pix --que ele botou para rendimento, como ele mesmo falou-- passa para o filho.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Eduardo anunciou na última terça que vai se licenciar do mandato de deputado e continuar nos Estados Unidos, por meio de vídeo publicado nas redes sociais. O filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que continuará no país para buscar punições contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao fazer o anúncio, Eduardo disse também que não irá receber o seu salário como parlamentar.
Nos bastidores, um dos motivos apontados por Eduardo para deixar o Brasil seria a suposta apreensão de seu passaporte. Logo após a publicação do vídeo no qual anunciava a sua saída do país, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou ao STF contra o pedido do PT para apreender o passaporte do deputado.
Quando Bolsonaro fugiu no dia 30 de dezembro de 2022 —fugiu tanto da possibilidade de ser punido pelo plano golpista como para gerar um álibi e ficar longe do 8/1—, ele também foi bancado. Foi bancado lá nos Estados Unidos, pelo menos parte das contas.
A situação é um tanto quanto inusitada, mas é prevista, ia acontecer isso mais cedo. À medida que o Bolsonaro, mais tarde, vai ficando acuado porque o julgamento vai avançando, eles [os bolsonaristas] vão pedindo ajuda, inclusive para fora. O quanto, na verdade, o governo norte-americano vai ajudar vai depender. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Eduardo Bolsonaro tem sido um dos principais elos de articulação entre o bolsonarismo e deputados da base conservadora americana.
Recentemente, congressistas americanos aprovaram uma lei por meio de uma comissão do Congresso local. O projeto foi batizado de "No Censors on our Shores Act" e protocolado em setembro do ano passado. A votação agora segue para o plenário. Se aprovada, a lei poderá suspender o visto do ministro Alexandre de Moraes e de sua família para entrar nos EUA.
Maierovitch: 'Pena à mulher que pichou estátua é exagerada'
No UOL News, o jurista e ex-magistrado Wálter Maierovitch considerou que a pena aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para a mulher que pichou a estátua da Justiça durante as invasões golpistas de 8 de Janeiro é absurda e exagerada.
Moraes, que é o relator do caso, votou para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, que escreveu "Perdeu, mané" com batom vermelho, a 14 anos de prisão. A ação contra ela é analisada pelo plenário virtual da Primeira Turma do STF. O voto de Moraes precisa ser referendado pelos demais ministros.
Então, veja como o Supremo está, nesses casos e com relação à raia miúda, tecnicamente, está vendo a denúncia e está julgando com base na denúncia, mas não está aplicando a política criminal. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Um dos elementos fundamentais para a política criminal, a qual o professor se refere, corresponde à racionalidade na aplicação dos recursos punitivos. O seu objetivo é mais amplo, como a justiça social, por exemplo, mas ela pode variar conforme a ideologia do governo ou a realidade social do país.
O caso julgado pelo Supremo é sobre a tentativa de golpe promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitavam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, os bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
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