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Brasil faz 16% mais mamografias no primeiro semestre de 2012, aponta balanço do governo

01/10/2012 16h40

O número de mamografias feitas no país no primeiro semestre de 2012 aumentou 16% frente ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (1º). Mais de 2,139 milhões de mulheres fizeram o exame preventivo do câncer de mama na rede do SUS (Sistema Único de Saúde) nos primeiros seis meses deste ano, contra 1,839 milhão de mulheres examinadas na primeira metade de 2011.

Dentro da faixa prioritária, que engloba brasileiras entre 50 e 69 anos, foi registrada alta de 21% - 1.022.914 mulheres fizeram o exame em 2012, contra 846.494 mulheres em 2011. Com a alta, o governo prevê ultrapassar o número de mamografias feitas no ano passado, quando quase 4 milhões de mulheres foram examinadas na rede pública do país.

O câncer de mama é o tipo de tumor que mais afeta as mulheres no Brasil. Este ano, estima-se que mais de 52 mil novos casos devam surgir em todo o país e que a mortalidade da doença chegue a até 12 mil mulheres, segundo dados da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), que trouxe o movimento Outubro Rosa ao país em 2008. "Não se deve esperar os sintomas e a evolução, que muitas vezes são silenciosos, para fazer a mamografia. O exame deve ser feito com regularidade", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre a importância do diagnóstico precoce. 

A taxa de abstenção das mamografias no SUS ficam entre 25% a 30%, pois, segundo o ministro, as mulheres faltam aos exames por ter medo de "perder o marido, o seio e todas essas preocupações simbólicas em torno da femininilidade e da sexualidade", caso seja detectado o tumor. “Se pudermos, cada vez mais falar deste tema com naturalidade, mostrando que é possível vencer o câncer tendo diagnóstico precoce e tratando fatores de risco, como tabagismo e obesidade, também será um grande ganho neste Outubro Rosa”, afirmou ele. 

Mamografia Móvel

Padilha assinou também uma portaria para normatizar o programa de mamografia móvel, que pretende levar unidades oncológicas a cidades do Brasil que têm baixo índice de atendimento e de diagnóstico desse tipo de tumor que mais acomete as brasileiras. O programa, que já é testado em algumas cidades de quatro Estados, deve ser implantado até o fim do ano em 58 municípios espalhados nas cinco regiões do Brasil.

Os exames preventivos feitos nessas unidades móveis serão enviados via satélite para um centro de saúde de referência para que um especialista faça uma avaliação do teste e apresente o resultado em até 24 horas. A estimativa é a de que as unidades móveis tenham capacidade de fazer 800 mamografias por mês.

Estados

A maior alta do Brasil foi registrada em Roraima, com 418% na comparação entre os primeiros semestres de 2012 e 2011 (2.770 e 535, respectivamente); seguido pelo Distrito Federal, com 153% (6.926 exames em 2012 e 2.734 em 2011); e pela Paraíba, com 107% (27.944 mamografias de 2012 contra 13.500 de 2011).

Outros 11 Estados tiveram salto abaixo da média nacional, entre eles: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, ambos com 13%; Santa Catarina, com 12%; Maranhão e Piauí, com 10%; Goiás, com 9%; Espírito Santo, Pará, São Paulo, Rio Grande do Norte e Paraná, todos com apenas 7%.

Em número de mamografias feitas no SUS, São Paulo lidera o ranking com 610.060 exames no primeiro semestre deste ano; seguido por Minas Gerais, com 281.823 exames; e pelo Paraná, com marca de 172.697 exames.