Coronavírus: Últimas notícias e o que sabemos até esta terça-feira (23)
O Brasil registrou hoje mais 1.364 mortes causadas pela covid-19, mostraram dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com informações das secretarias estaduais de saúde. Com isso, o total de óbitos no país já chega a 52.771 desde o início da pandemia.
Desta vez, o número de óbitos confirmados pelo Ministério da Saúde foi maior. De acordo com o governo federal, o país teve 1.374 novos registros de mortes por coronavírus no mesmo período. O total, porém, é de 52.645 nas contas do ministério, com 126 a menos que os dados consolidados pelo consórcio de imprensa.
Doença avança pelo interior em todas as regiões do país
Depois de São Paulo apontar a interiorização dos casos do novo coronavírus na última semana, um levantamento do UOL mostrou que a o avanço da doença no interior ocorre em todas as regiões do país. A análise dos números de casos em cada um dos 26 estados durante 30 dias (entre 19 de maio e 18 de junho) atestou que, de cada três casos confirmados, dois eram em cidades do interior.
Hoje o estado de São Paulo chegou a um novo recorde no número de mortos: foram 434 mortes confirmadas pela covid-19 nas últimas 24 horas — número mais alto desde o início da pandemia. O recorde anterior era de 389 vítimas do novo coronavírus, registrado no dia 17 de junho.
No final de semana, o estado iniciou os testes da vacina desenvolvida pela universidade de Oxford. O governo federal afirmou que pode assinar nesta semana um acordo para produzir a vacina no Brasil.
Brasil é denunciado na ONU e na OEA
Entidades brasileiras apresentaram hoje à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) uma denúncia contra a gestão dos presídios brasileiros durante a pandemia. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os casos de covid-19 nas prisões aumentaram 800% desde o começo de maio.
Segundo o documento, o país tem violado normas e recomendações internacionais, como falta de acesso à saúde, incomunicabilidade, problemas no registro de óbitos, rebeliões e uso de estruturas temporárias precárias para o abrigo das pessoas presas.
Farmácias: a cada 100 testes, 15 dão positivo
A primeira pesquisa sobre testes rápidos fornecidos em farmácias no Brasil apontou que a cada 100 testes, 15 têm resultado positivo. Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de farmácias e Drogarias), foram realizados 62.660 testes rápidos entre abril e julho.
Minas Gerais é estado que mais realizou procedimento e o Ceará tem a maior proporção de infectados. No entanto, hoje poucas farmácias estão oferecendo o teste porque categoria rachou após decisão da Anvisa.
MG e Manaus esperam novos picos
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) alerta para o risco de um novo pico da contaminação pela covid-19 nos meses de julho ou agosto por causa, principalmente, da reabertura gradual do comércio em Manaus. A previsão é de que a cidade chegue a 200 mil casos simultâneos da doença, com mais de 3 mil mortes. O estudo completo que deverá ser divulgado nas próximas semanas.
Em Minas Gerais, a previsão de um pico de casos e mortes em 15 de julho foi dada pelo governador, Romeu Zema (Novo). Em entrevista, ele afirmou que os próximos "20 ou 25 dias" serão "cruciais" para o combate ao novo coronavírus.
Para tentar conter as transmissões, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), decidiu manter o decreto de isolamento social, que terminava ontem, até o próximo dia 30 em todo o estado. A mesma medida foi tomada pela prefeitura de Porto Alegre. Comércios, shoppings e indústrias serão obrigados a interromper novamente as atividades. Restaurantes, bares e padarias só poderão funcionar via sistema de delivery ou drive-thru.
Já a Prefeitura de Goiânia entrou na Justiça para derrubar a liminar que barrou a reabertura parcial do comércio na cidade. A prefeitura alega que tomou a decisão após "a manifestação prévia do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE)" e que diz que não cabe ao Judiciário definir a política sanitária da cidade.
Curitiba vai de exemplo a colapso
Pouco mais de 100 dias após registrar os cinco primeiros casos de coronavírus, Curitiba, capital do Paraná, passou de uma situação confortável para dramática em relação à pandemia. Até metade de maio, eram 600 casos de covid-19 e taxa de ocupação de UTIs que não ultrapassava os 50%.
A prefeitura relaxou as regras e permitiu a reabertura de shoppings e academias no dia 20 de maio. Resultado: os casos quintuplicaram e as UTIs estão lotadas. Até ontem, a capital tinha 3.032 casos confirmados e 114 mortes. A ocupação dos 223 leitos de UTI do SUS exclusivas para a covid-19 na cidade beira 80%.
Estudo aponta fatores que ajudar a disseminar o vírus
Após analisar dados de 126 países, entre eles o Brasil, pesquisadores das universidades de Campinas (Unicamp) e de Barcelona identificaram um conjunto de fatores que teriam favorecido o espalhamento rápido do vírus na fase inicial da epidemia, ou seja, antes que fossem adotadas políticas públicas para conter o contágio. Entre os fatores listados estão temperaturas baixas, maior proporção de idosos, maior prevalência de câncer de pulmão e de outros tipos.
Djokovic está com coronavírus
O mundo do esporte tem mais um caso de covid-19, dessa vez, o tenista sérvio Novak Djokovic. Ele gerou polêmica por realizar um torneio na Sérvia com outros jogadores e já se posicionou contra a obrigatoriedade de tomar uma vacina para poder disputar torneios, caso isso aconteça. O tenista ficará em isolamento pelos próximos 14 dias e que fará o teste de covid novamente dentro de cinco dias. Sua mulher também foi diagnosticada.
Inglaterra reabre bares e museus; Chile passa Espanha
Surto da doença fecha frigorífico na Alemanha
O governo do estado alemão de Renânia do Norte-Vestfália ordenou nesta terça-feira (23) a suspensão parcial da flexibilização das medias por uma semana no distrito de Gütersloh após 1.553 funcionários de um frigorífico sediado na região terem testado positivo para a covid-19. O local tem 6.500 empregados.
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