Testes positivos para covid-19 em SP atingem o índice do auge da pandemia
Há cerca de duas semanas, laboratórios e farmácias apontavam um crescimento no número de testes positivos para a covid-19. Hoje, já é possível ver as consequências do alerta nos dados oficiais sobre a pandemia.
O número de resultados positivos em São Paulo cresceu em comparação com o mês anterior. Em alguns dias de novembro, o total de resultados positivos de testes RT-PCR — considerados os mais confiáveis para detecção do vírus — foram semelhantes a dias de julho e agosto, durante o auge da pandemia no estado. O fenômeno vinha ocorrendo desde o começo do mês, mas apenas na segunda-feira (30) o estado regrediu na reabertura.
Só em novembro, 50.862 resultados positivos na rede pública do estado. Em outubro, esse número foi de 42.179
A chamada segunda onda — ou repique da primeira como defendem alguns especialistas — do novo coronavírus já se evidencia por meio do aumento de casos, mortes e internações em leitos de UTI por covid-19.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente do governo de São Paulo, esse aumento também começou a ocorrer na rede pública do estado. Novembro registrou um leve aumento nas testagens com 196.682 no total, contra 189.788 em outubro. Um aumento de quase 7 mil. No mesmo período, o número de testes positivos foi quase 9 mil a mais.
Desde agosto o estado apresentava queda no número de testes positivos. Só naquele mês, foram mais de 70 mil testes positivos contra mais de 170 mil negativos. Julho foi o mês com maior número. Porém, a partir de agosto, o número de testes como um todo no estado diminuiu.
Segundo dados da Secretaria do Estado de Saúde, apenas 603.901 testes RT-PCR foram feitos em outubro nos laboratórios públicos e privados — o mês de novembro ainda não foi todo contabilizado. No auge da pandemia no estado, em julho, foram 853.288.
Analisando apenas os dados enviados pelo Instituto Adolfo Lutz, é possível observar repiques nos testes com resultados positivos em números semelhantes aos do mês de agosto, apesar de os números totais de testes terem diminuído desde então. O pico de novembro foi no dia 17, com 3.598 positivos. No pico de julho, o maior número foi de 3.966 no dia 13.
No início desta semana, ao informar sobre a regressão de todo o estado para a fase amarela do Plano SP, o governador João Doria (PSDB) pediu para que as cidades aumentem as suas testagens.
"Temos que testar os pacientes que têm pouco sintomas, como dor de garganta, nariz entupido e febre. Todas as pessoas que estiverem no entorno, os contactantes, também devem ser monitorados do ponto de vista clínico e, se necessário, [fazer] testagem", afirmou o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Testar de forma precoce e isolar os pacientes é controlar a disseminação do vírus na nossa população."
Jean Gorinchteyn
Os testes, no entanto, estiveram no foco de uma nova polêmica envolvendo o governo federal: milhões deles estavam em estoque com o prazo de validade próximo de expirar. Eram mais de 6 milhões de testes em um armazém na cidade de Guarulhos, em São Paulo. Isso, por si só, já representa mais testes do que o Brasil já realizou até então.
Hoje, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que esses testes têm uma validade inicial dada de forma emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que será renovada.
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