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Brasil tem média diária de 1.083 mortes por covid-19, a 2ª pior da pandemia

Michael Dantas/AFP
Imagem: Michael Dantas/AFP

Do UOL, em São Paulo

13/02/2021 19h34Atualizada em 13/02/2021 20h20

O Brasil apresentou hoje a segunda pior média diária de mortes por covid-19 desde o início da pandemia: nos últimos sete dias, a média foi 1.083 óbitos pela doença, conforme dados das secretarias estaduais de saúde captados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.046 mortes pela doença. Isso não indica quando os óbitos ocorreram de fato, mas sim a data em que passaram a constar dos balanços oficiais. Desde março o país soma 238.647 óbitos pelo coronavírus.

É o 24º dia seguido que a média móvel dos últimos sete dias fica acima de mil, segundo período de maior sequência. A maior ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias), com o pior levantamento sendo a média de 1.097 óbitos, verificado em 25 de julho.

Até ontem, a segunda maior média de óbitos em sete dias era de 1.081, apresentada em 16 de julho. A marca foi ultrapassada hoje.

Apesar dos valores altos, o Brasil está estabilizado na média móvel, com variação de 2% em comparação há 14 dias.

Apenas a região Sul segue em queda (-23%), enquanto o Nordeste (25%) e o Centro Oeste (16%) apresentam aceleração e Norte (3%) e Sudeste (2%) estão estabilizadas.

Nos estados, 11 apresentam aceleração nos óbitos, enquanto 10 e mais o Distrito Federal permanecem estáveis e outros cinco têm queda.

O país soma 9.811.255 casos confirmados da doença desde março passado, quando o primeiro caso de covid-19 foi registrado no país. Entre ontem e hoje, foram notificados 45.561 novos diagnósticos.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-23%)

  • Minas Gerais: aceleração (22%)

  • Rio de Janeiro: queda (-20%)

  • São Paulo: estável (7%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (65%)

  • Amazonas: estável (-9%)

  • Amapá: queda (-38%)

  • Pará: aceleração (51%)

  • Rondônia: estável (5%)

  • Roraima: aceleração (120%)

  • Tocantins: aceleração (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (-11%)

  • Bahia: aceleração (43%)

  • Ceará: estável (45%)

  • Maranhão: aceleração (60%)

  • Paraíba: aceleração (29%)

  • Pernambuco: estável (4%)

  • Piauí: estável (6%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (26%)

  • Sergipe: queda (-18%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-10%)

  • Goiás: aceleração (34%)

  • Mato Grosso: estável (0%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (23%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-44%)

  • Rio Grande do Sul: estável (4%)

  • Santa Catarina: queda (-6%)

Dados da saúde

O Brasil registrou 1.043 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, segundo última atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. Agora, o país soma 238.532 óbitos desde o início da pandemia.

O número de infectados, por sua vez, chegou a 9.809.754, com 44.299 novos diagnósticos positivos contabilizados de ontem para hoje.

No mundo, apenas os Estados Unidos já registrou mais mortes que o Brasil — 482.933, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins. Já em número de casos, o País é o terceiro, perdendo para EUA (27.544.036) e Índia (10.892.746).

Ainda segundo o governo federal, 8.710.840 pessoas se recuperaram da doença. Outras 860.382 seguem em acompanhamento.

Fase vermelha em Manaus

O governo do Amazonas anunciou hoje que, devido à melhora nos índices que controlam a segunda onda da pandemia na região, Manaus passará da fase roxa, a mais grave, para a vermelha, um pouco menos crítica. O interior segue na fase roxa.

Para os próximos sete dias, a capital terá um afrouxamento de parte das restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento do comércio. No entanto, o governador Wilson Lima (PSC) destacou que a situação continua grave e "preocupante".

"Não podemos baixar a guarda, porque senão podemos correr o risco de colocar tudo que conquistamos a perder", disse Lima. "O esforço que todos têm feito para conter essa pandemia... Os resultados positivos, já começam a aparecer."