Prefeitura de SP pede autorização para reduzir intervalo da dose de refoço
A Prefeitura de São Paulo pediu hoje autorização para reduzir o intervalo da dose de reforço da vacina contra covid-19 para maiores de 18 anos. O pedido foi enviado ao Ministério da Saúde, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Comitê Científico do governo de São Paulo.
A gestão Ricardo Nunes (MDB) pede que o intervalo entre a segunda e a terceira dose seja de quatro meses. Atualmente, os vacinados precisam esperar cinco meses para receber a dose de reforço.
"A secretaria de Saúde fez um estudo e identificou a necessidade de reduzir o período para a dose de reforço, ou terceira dose. Reduzir o intervalo vai ajudar muito para combater a covid-19, ainda mais com a nova variante", disse o prefeito Nunes em entrevista à GloboNews.
Nunes ressaltou que o pedido foi feito em conjunto com a secretaria estadual de Saúde de São Paulo.
Ao UOL, a Anvisa informou que o pedido foi enviado às 9h42 de hoje e será respondido no menor tempo possível.
"É importante destacar que a Anvisa tem acompanhado o cenário e dados disponíveis sobre dose de reforço", informou a agência em nota.
Na semana passada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Pfizer contra a covid-19, atendendo a um pedido feito em setembro pela farmacêutica. A Janssen também fez um pedido similar a agência, mas aguarda aprovação.
No ofício, a Prefeitura de São Paulo cita que as festas de fim de ano aumentam a circulação de pessoas na cidade, além do turismo —estrangeiros não são obrigados a apresentar o passaporte da vacina ao chegar no Brasil.
A cidade de São Paulo já registrou 3 casos importados da variante ômicron, mais transmissível, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a secretaria municipal de Saúde, os três passageiros vieram de países da África e receberam orientações para ficar em isolamento. Nenhum desenvolveu quadro grave da doença.
O que se sabe sobre a ômicron
Até agora, pessoas infectadas pela variante ômicron da covid-19, detectada inicialmente pela África do Sul na semana passada, mas que já estava em circulação pelos Países Baixos anteriormente, apresentaram apenas sintomas leves da doença.
"O sintoma mais comum é fadiga intensa por um ou dois dias, seguido de dores no corpo", disse a clínica-geral Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.
Até o início da tarde de ontem, 19 casos da ômicron haviam sido diagnosticados em Botsuana, país localizado ao norte da África do Sul — porém, 16 dos infectados identificados não apresentaram nenhum sintoma, segundo uma autoridade sanitária local.
No último domingo (28), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a variante pode aumentar a chance de reinfecção pela covid-19, mas tranquilizou ao afirmar tratamentos contra versões anteriores do vírus também têm funcionado contra a ômicron.
Ouvido por VivaBem, o infectologista Alexandre Naime disse que, embora a ômicron tenha se mostrado mais transmissível que outras variantes, ela ainda não se mostrou capaz de provocar um aumento no número de internações e mortes pela doença.
Por enquanto, laboratórios estão conduzindo estudos para saber se as atuais vacinas disponíveis contra a covid-19 são capazes de lidar contra a ômicron, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já cobrou acesso aos dados obtidos pelas empresas.
A variante apresenta alterações que podem fazer com ela consiga "driblar" o sistema imunológico de pessoas já vacinadas contra o novo coronavírus. A hipótese, porém, ainda está em estudo.
"Então, não podemos dizer que as vacinas não funcionam (contra a variante ômicron) — é improvável, inclusive", disse ontem Lúcia Helena, colunista de VivaBem, ao UOL News, programa do Canal UOL.
Vacinação em massa é medida mais eficaz
A vacinação em massa continua sendo a medida mais eficaz contra a covid-19, protegendo, especialmente, contra a evolução da doença para quadros graves, como internação e morte pelo vírus.
Na última sexta-feira (26), um dia depois da identificação da ômicron, a OMS pediu para que, individualmente, as pessoas ajudem no combate à variante tomando medidas já conhecidas contra a covid-19, como:
- Uso de máscara bem ajustada ao rosto;
- Higiene constante das mãos;
- Distanciamento físico;
- Melhora da ventilação em ambientes que não sejam ao ar livre, como salas;
- Preferência por evitar espaços lotados;
- Se vacinando contra a covid-19.
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