Topo

Esse conteúdo é antigo

Justiça dos EUA acusa três homens por homicídio de jovem negro

16.jun.2020 - Wanda Cooper-Jones, mãe de Ahmaud Arbery, um jovem afro-americano que morreu em 23 de fevereiro na Geórgia, sudeste dos Estados Unidos - Drew Angerer/Getty Images/AFP
16.jun.2020 - Wanda Cooper-Jones, mãe de Ahmaud Arbery, um jovem afro-americano que morreu em 23 de fevereiro na Geórgia, sudeste dos Estados Unidos Imagem: Drew Angerer/Getty Images/AFP

24/06/2020 21h20

Os três homens presos após a morte de Ahmaud Arbery, um jovem afro-americano que morreu em 23 de fevereiro na Geórgia, sudeste dos Estados Unidos, foram acusados, hoje, de homicídio.

Arbery, de 25 anos, foi morto em plena luz do dia em um bairro residencial da cidade de Brunswick.

Por mais de dois meses, ninguém foi detido pelos policiais locais. As investigações só foram iniciadas depois que um vídeo do crime foi divulgado nas redes sociais no início de maio.

Um ex-investigador ligado aos serviços da promotoria local, Gregory McMichael, de 64 anos, e seu filho Travis, de 34, foram presos em 7 de maio.

Ambos aparecem no vídeo do assassinato filmado por William Bryan, de 50 anos, preso duas semanas depois.

Várias acusações foram mencionadas nos mandados de prisão como "homicídio" e "tentativa de prisão ilegal".

A acusação formalizada hoje por um grande júri - grupo de cidadãos que participa do julgamento - inclui novas imputações aos três homens, incluindo "homicídio", "agressão" e "falsa prisão".

Os réus "causaram" a morte de Arbery "perseguindo-o com caminhonetes (...) e atirando com armas de fogo", afirma o documento.

"Isso confirma o que o pai de Ahmaud disse há meses: que foi um linchamento", disse o advogado da família, Ben Crump, em nota.

Celebrando um "passo importante rumo à justiça", o advogado expressou seu desejo de que o julgamento dos três homens seja concluído com "penas que reflitam o caráter odioso do crime".

O nome de Ahmaud Arbery foi cantado durante semanas em todo o país em protestos massivos contra a violência e o racismo policial após a morte de George Floyd, um afro-americano sufocado por um agente branco em Minneapolis no final de maio.