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Com Rússia avançando, França se oferece para garantir segurança de Zelensky

Em Paris (França)

25/02/2022 07h17Atualizada em 25/02/2022 12h14

A França se ofereceu hoje para "ajudar, se necessário", o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, ao considerar a "segurança" do líder uma prioridade em meio à ofensiva da Rússia na Ucrânia, declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.

"A segurança do presidente Zelensky é um elemento central do que está acontecendo agora", afirmou Le Drian, na rádio pública France Inter, no momento em que a Rússia intensifica a ofensiva contra a capital ucraniana, Kiev, onde tiros e explosões foram relatados.

"Estamos em condições de ajudá-lo, se necessário. Tomaremos todas as medidas cabíveis", acrescentou o chefe da diplomacia francesa.

Para Le Drian, o presidente russo, Vladimir Putin, quer apagar a Ucrânia do "mapa dos Estados". O ministro francês alertou ainda que a operação russa em curso pode se estender até Moldávia e Geórgia.

Essas duas ex-repúblicas soviéticas contam com territórios controlados por separatistas pró-Rússia, assim como a Ucrânia.

Putin justificou a atual ofensiva como uma maneira de proteger as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Putin garantiu que não procura a "ocupação" desta ex-república soviética, mas sim "uma desmilitarização e desnazificação" do país, junto com a proteção destas duas regiões de Donbas.

"A questão de Donbas foi apenas um pretexto. O que Putin quer é a submissão da Ucrânia e, aparentemente, continuará sua ofensiva até o fim", acrescentou Le Drian.

"O presidente Putin quer reinventar a história, quer recriar um império", enfatizou.

Diferentemente da Guerra Fria, desta vez, há "uma guerra no coração da Europa", acrescentou o ministro francês.