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PF acha R$ 300 mil em dinheiro no apartamento de Kassab

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto - Fátima Meira/Futurapress/Estadão Conteúdo
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto Imagem: Fátima Meira/Futurapress/Estadão Conteúdo

Fabio Serapião e Fausto Macedo

Brasília e São Paulo

19/12/2018 11h06

A Polícia Federal (PF) encontrou R$ 301 mil em dinheiro vivo no apartamento do ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação). O dinheiro foi encontrado durante buscas realizadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (19). Kassab (PSD) é alvo da delação premiada de executivos do grupo J&F.

A partir de janeiro, Kassab, que já foi prefeito da capital paulista, será o secretário da Casa Civil do Governo João Doria (PSDB), em São Paulo. Além dos R$ 301 mil, a PF apreendeu documentos na residência de Kassab, um apartamento situado nos Jardins, bairro nobre da zona sul paulistana.

Ao todo, a PF cumpre nesta quarta-feira oito mandados de busca e apreensão. Além de Kassab, são alvo de mandados endereços relacionados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Os federais também fazem busca em endereços ligados a Renato Kassab, irmão do ministro.

Segundo a PF, o objetivo da ação é "investigar o recebimento de vantagens indevidas", entre os anos de 2010 a 2016, por parte de Kassab. Os repasses teriam sido feitos pelo Grupo J&F, de Joesley e Wesley Batista.

Defesa

Kassab afirma, em nota, "que confia na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa" e diz saber "que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário". O ministro reforça "que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e ressalta que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público".

Sobre os valores encontrados, a defesa do ministro disse que são legais. "Os valores possuem comprovação de origem e cumprem todos os requisitos legais. O ministro reafirma sua tranquilidade e confiança na Justiça, e que todos os seus atos foram pautados pelo interesse público."