Brasil cai 8 posições em ranking que monitora combate às mudanças climáticas
O Brasil caiu oito posições, indo para o 33º lugar, em um ranking internacional que monitora como está o combate às mudanças climáticas em 63 nações mais a União Europeia. Juntos, eles representam 92% das emissões de gases poluentes globais.
Divulgado anualmente desde 2015, o Climate Change Performance Index, novamente, não colocou nenhuma nação entre as três melhores na lista divulgada nesta terça-feira (9).
Segundo o texto, enquanto o Brasil tem um alto índice positivo por usar energia renovável e a energia de maneira geral, apresenta uma classificação ruim nas políticas climáticas adotadas no último ano. As emissões de gases poluentes foram avaliadas como "médias".
"O Brasil anunciou uma meta de longo prazo de atingir a neutralidade de emissões até 2050, mas não há políticas concretas sendo implementadas para atingir esse objetivo. De fato, nenhuma estratégia de longo prazo foi sequer desenhada.
Instituições que têm um papel principal nas políticas ambientais sofreram ataques e tiveram fundos cortados pelo governo federal", diz um trecho da análise.
O documento ressalta ainda que nenhum país do mundo conseguiu melhorar consideravelmente suas ações para diminuir os efeitos das mudanças no mundo e que, por isso, não há porque criar um top 3.
"Os países com alta posição no ranking também não tem motivos para relaxar. Até mesmo os grandes esforços e ações dos governos precisam colocar o mundo no caminho para manter o alerta de aquecimento abaixo dos 2°C. Ainda melhor, abaixo de 1,5°C", diz o relatório.
Na quarta posição, aparece a Dinamarca que obteve 76,92 em uma escala de pontos que vai até 100. Logo depois, vem a Suécia, a Noruega, o Reino Unido e o Marrocos. O primeiro país das Américas a aparecer de maneira positiva no ranking é o Chile, que está na nona colocação e na mesma posição do ano passado.
As últimas cinco colocações ficam com Taiwan (60º), Canadá (61º), Irã (62º), Arábia Saudita (63º) e Cazaquistão (64º).
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