Itália apreende 1 bi de euros em anfetamina 'fabricada para financiar o Estado Islâmico'
A polícia italiana apreendeu o que eles acreditam ser um recorde mundial de 14 toneladas de anfetamina que suspeitam ter sido fabricada na Síria para financiar o grupo jihadista Estado Islâmico.
Cerca de 84 milhões de comprimidos falsificados de Captagon no valor estimado de 1 bilhão de euros foram encontrados em contêineres no porto de Salerno.
Eles estavam escondidos dentro de grandes tambores de papel e rodas de engrenagem.
Os policiais estão investigando se há envolvimento de grupos criminosos locais ligados à Camorra, uma das maiores máfias da Itália.
Impacto da pandemia
Captagon é uma marca comercial do estimulante sintético fenetilina. Era originalmente usado para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a narcolepsia, mas muitos países proibiram o medicamento durante a década de 1980 por causa de suas propriedades viciantes.
Agora, Captagon falsificado é uma das drogas mais populares entre jovens ricos no Oriente Médio, particularmente nos estados árabes do Golfo.
A droga também foi consumida por combatentes na guerra civil na Síria, incluindo militantes do EI, que valorizam sua capacidade de inibir o medo e afastar o cansaço.
Acredita-se que a Síria seja o maior produtor e exportador de Captagon falsificado.
Um comunicado da polícia de Nápoles disse que o EI - que antes controlava grandes áreas da Síria e ainda tem milhares de membros operando dentro do país - era suspeito de produzir grandes quantidades da droga em áreas onde exercia influência para se financiar com o tráfico.
As pílulas apreendidas em Salerno eram suficientes para suprir todo o mercado europeu, e era provável que um "consórcio" de grupos criminosos estivesse envolvido em sua distribuição pelo continente.
"A hipótese é que durante o bloqueio [devido ao coronavírus] a produção e a distribuição de drogas sintéticas na Europa praticamente pararam", acrescentou o comunicado.
"Muitos contrabandistas, mesmo em consórcios, se voltaram para a Síria, onde a produção, no entanto, parece não ter desacelerado."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.