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Sanções contra Coreia do Norte acabarão após fim das armas nucleares, diz Trump

12/06/2018 07h27

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira em Singapura que as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte continuarão enquanto o regime não acabar com seu arsenal nuclear de maneira efetiva.

"As sanções serão suspensas quando tivermos certeza de que as armas nucleares não serão mais eficazes", disse Trump, durante uma entrevista coletiva após sua cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un, onde Pyongyang se comprometeu com sua desnuclearização.

Trump classificou o arsenal norte-coreano como "muito significativo" e reconheceu que o desarmamento completo "levará muito tempo". No entanto, o republicano destacou que pressionará Pyongyang para que isso ocorra o mais rápido possível.

O acordo firmado hoje entre EUA e Coreia do Norte não estabelece nenhum prazo para a desnuclearização, nem determina que ela tenha que ser "completa, verificável e irreversível", como tinha defendido inicialmente a Casa Branca antes do encontro entre Kim e Trump.

"Esse processo vai começar agora", disse o presidente americano.

Trump também negou ter feito muitas concessões a Kim em troca de um vago compromisso de desnuclearização.

"Não cedi em nada. Estou aqui, não dormi nas últimas 25 horas, mas pensei que isso era importante", ressaltou.

Sobre o compromisso norte-coreano com a paz, Trump lembrou que Kim ordenou a destruição de um dos centros de testes nucleares do país, a base de Punggye-ri, em maio.

Durante entrevista depois da história reunião, Trump também disse que está disposto a visitar Pyongyang no "momento apropriado" e que quer que o líder da Coreia do Norte seja recebido na Casa Branca. Kim, segundo ele, aceitou o convite de ir até Washington.

Após a histórica cúpula, Kim e Trump assinaram um acordo no qual os dois países se comprometem a cooperar para desenvolver novas relações e a promover a paz, a prosperidade e a segurança.

"O presidente Trump se compromete a oferecer garantias de segurança à República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte), e o presidente Kim Jong-un reafirmou seu inquebrantável compromisso com a desnuclearização da península", aponta o texto assinado pelos dois líderes.