Ajuste fiscal foi leve nos cortes e poupou privilégios

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O governo anunciou os detalhes do ajuste fiscal, e o mercado, como previsto, não gostou. Considerou os cortes insuficientes e reclamou da inclusão da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000. O dólar foi pras cucuias, a Bolsa caiu um bocado.

Josias de Souza viu outro problema no pacote: "Salvaram-se da tesoura a oligarquia política e a plutocracia empresarial". Ou seja, nada de mexer nas emendas parlamentares e nas isenções e incentivos de que se beneficiam setores com lobby bem montado.

José Paulo Kupfer entende que a Faria Lima (já predisposta contra qualquer medida saída do governo petista) preferia cortes mais rigorosos e menos vulneráveis à desidratação pelos parlamentares. "Mercado queria sangue, mas Lula, olho na política, entregou ajuste gradual" é o título da sua coluna, que vê algum mérito em o pacote ter exposto, no seu ponto de vista, "o conflito distributivo que dorme no limbo das propostas radicais de cortes e de imposição de tetos de gastos".

Bolsonaro se diz perseguido e não descarta se refugiar

Jair Bolsonaro deu entrevista às colunistas Raquel Landim e Letícia Casado. Voltou a se dizer perseguido pela Justiça, tentou se esquivar dos asseclas pegos com a boca na botija golpista e não descartou se refugiar em uma embaixada caso o tempo feche.

Ao UOL News, Landim relatou que o capitão parece crer que não será preso. "Bolsonaro acha que o clima político será revertido lá na frente e não trabalha com essa possibilidade", diz.

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Josias de Souza acha que, ao dar sinais de que vai abandonar o pessoal do "Punhal Verde-Amarelo", abre brecha para um efeito Mauro Cid de delações premiadas. E Leonardo Sakamoto adverte que, mesmo com passaporte retido, o ex-presidente tem meios para fugir.

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Opinião

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