Tailândia vai pedir cooperação de Google e Facebook na censura a opositores
A junta militar da Tailândia enviará representantes a Cingapura e ao Japão nos próximos dias para buscar maior censura de redes sociais do Facebook, do Google e do serviço de mensagens Line, disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira (29).
Os militares buscam abafar as críticas à medida que consolidam o poder após a deposição do governo em 22 de maio, prendendo políticos e restringindo a imprensa.
Mas, autoridades têm sofrido para controlar a atividade online, por meio da qual internautas vêm utilizando redes sociais para organizar protestos e expressar oposição ao golpe de Estado. A junta alertou para a propagação em mídias sociais do que considera ser material provocativo e pediu que provedores de serviços ajudem a apertar a censura.
“Queremos falar com eles informalmente”, disse Pisit Pao-In, conselheiro do secretário permanente do ministério de Tecnologia da Informação e Comunicação da Tailândia, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira. “Não pediremos a eles que instalem nenhum software adicional. Apenas pedimos que nos ajudem a filtrar conteúdo”, afirmou o conselheiro.
Autoridades teriam que viajar para outros países, considerando que as três empresas não possuem representação na Tailândia, disse ele após uma reunião em Bancoc com provedores de serviços de internet.
O ministério pediu a esses provedores que bloqueassem websites por uma hora, após solicitar que as páginas fossem desativadas, disse uma fonte que estava na reunião, pedindo para não ser identificada.
Após o golpe de Estado, o ministério estabeleceu uma comissão para monitorar websites e bloquear conteúdo que ofenda regras militares ou as rígidas leis do país contra ofensas à monarquia.
Mais de cem sites foram bloqueados desde então, disse o conselheiro Pisit.
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