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Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia

Do UOL, em São Paulo

22/05/2014 07h20Atualizada em 22/05/2014 09h35

O Exército da Tailândia deu nesta quinta-feira (22) um golpe de Estado, dois dias depois de declarar lei marcial sob o pretexto de solucionar a crise política no país após mais de oito meses de protestos antigovernamentais. A Constituição foi suspensa.

"Em nome da lei e a ordem, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam em calma e continuem com seus afazeres diários", disse o chefe do Exército tailandês, Prayuth Chan-Ocha, ao lado de outros militares, em um anúncio transmitido ao vivo pela televisão pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).

O Exército assumiu o controle do governo e demais instituições no país.

Segundo Prayuth , o golpe pretende "reformar a estrutura política, a economia e a sociedade". Ele pediu à população que não entre em pânico e disse que garantirá a segurança dos estrangeiros no país.

Um funcionário do órgão eleitoral do país afirmou que o premiê interino, Niwatthamrong Boonsongpaisan, e seu gabinete de ministros devem renunciar e que um novo governo interino deve ser formado até que eleições sejam realizadas, em um período de entre seis e nove meses.

Em nota, porém, o premiê Niwatthamrong afirmou que "isso não pode acontecer, porque é ilegal". "Para encontrar uma solução, isso deve ser feito de acordo com as leis e a Constituição."

Após o anúncio do golpe, um oficial de alta patente disse à Reuters que o Exército vai enviar tropas e veículos para tirar os manifestantes de locais de protesto.

"Nós vamos enviar tropas e veículos para ajudar os manifestantes a deixar todos os locais de protesto", disse o general Teerachai Nakwanit, primeiro comandante regional do Exército.

Represálias

O grupo opositor na Tailândia formado pelos "camisas vermelhas" anunciaram "represálias" contra o golpe de Estado.

"Agora sim é um golpe, aguardem represálias", se lê em uma mensagem no Twitter na conta oficial da "Frente unida para a democracia" apoiadores do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em 2006. (Com agências internacionais)