Maníaco do Parque #3: Como uma revista teve a confissão antes da polícia
Do UOL, em São Paulo
02/10/2020 04h01
O penúltimo episódio da terceira temporada do podcast "Ficha Criminal" traz os bastidores da confissão que revelou ao Brasil a identidade de dos maiores serial killers do país: o Maníaco do Parque —você pode ouvir essa história no arquivo acima. Nesta temporada, o programa conta a história de dois dos maiores assassinos em série do Brasil: Francisco de Assis Pereira, o Maníaco, e também Pedrinho Matador. Todos os episódios já estão disponíveis aqui.
O caso de uma série de jovens mulheres vítimas de violência sexual e assassinadas no Parque do Estado, em São Paulo, desencadeou uma das maiores coberturas de imprensa já vistas no Brasil. Em uma época em que a internet no país ainda era uma realidade para poucos, jornais, revistas e emissoras de rádio e TV eram as principais fontes de informação e noticiavam cada passo da história do Maníaco do Parque.
Nos primeiros dias após ser preso, Francisco negou os crimes de que era acusado. Mas, pouco depois, veio a público a confissão: não pela polícia, mas pelas páginas de uma das maiores revistas do país (ouça a partir de 03:30 os detalhes de como isso aconteceu). Em meio à confusão formada pelo caso na divisão de homicídios da polícia de São Paulo, uma repórter da revista Veja ouviu uma conversa informal do Francisco com outras três pessoas e publicou o relato.
As palavras "fui eu", junto com uma foto do Francisco, estamparam a capa da edição da revista veja de 12 de agosto de 1998. Foi a primeira confirmação de que o homem preso dias antes era o responsável pelos crimes, como você ouve neste episódio.
A primeira temporada do programa "Ficha Criminal" trouxe as histórias de criminosos que marcaram época na história recente do Brasil: Marcola, Leonardo Pareja, PC Farias, Marcelo VIP, Fernandinho Beira-Mar, Jorgina de Freitas, Escadinha e Hosmany Ramos.
Já a segunda apresentou crimes marcantes no Brasil --casos policiais que provocaram comoção nacional e desencadearam desdobramentos que ficaram gravados na história. São eles: o assalto ao Banco Central, o massacre do Carandiru, o caso Herzog, a onda de ataques do PCC em 2006, o assassinato de Chico Mendes, o massacre em Realengo e a rebelião no presídio de Ilha Grande em 1979.
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