Quantos e quais são os candidatos a ministro da Justiça
Após a indicação de Flávio Dino à vaga no Supremo Tribunal Federal, a corrida para ocupar sua cadeira no Ministério da Justiça e Segurança ganhou ainda mais candidatos. São ao menos 14 ministeriáveis, segundo levantamento junto a pessoas bem informadas na área. Quase todos os cotados têm padrinhos políticos, mas há alguns independentes.
Os ministeriáveis podem ser divididos em três grupos. Os candidatos a ministro apenas da Justiça, os candidatos a ministro só da Segurança ou a ambos. Tudo depende de Lula querer dividir a pasta em duas ou não. A divisão duplica o problema. Por isso, hoje, os candidatos mais fortes são os que permitiriam manter o ministério unificado.
Entre os candidatos a ministro da Justiça e Segurança, um nome se destaca: é o ex-presidente do Supremo Ricardo Lewandowski, que acompanha Lula em sua atual viagem internacional.
A favor de Lewandowski:
confiança de Lula;
bom trânsito entre ex-colegas de Supremo;
não provocar outras mudanças na Esplanada dos Ministérios.
Contra:
pouca familiaridade e interesse em assuntos policiais;
por ser cota pessoal de Lula, sua nomeação não apaziguaria setores políticos que se dizem desprestigiados pelo presidente.
Outros cotados que poderiam assumir o ministério com a dupla atribuição de cuidar da Justiça e da Segurança são:
Vinicius Carvalho, ministro da Controladoria Geral da União;
Jorge Messias, advogado-geral da União;
Wellington César Lima e Silva, secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil;
Gleisi Hoffmann, presidente do PT;
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Os cotados a ministro da Justiça sem a Segurança são:
Simone Tebet, ministra do Planejamento;
Marco Aurélio Carvalho, advogado do Grupo Prerrogativas;
Augusto Botelho, secretário nacional de Justiça;
Dora Cavalcanti, advogada, conselheira do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).
Os cotados a ministro da Segurança sem a Justiça são:
Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal;
Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça;
Adriana Accorsi, delegada e deputada federal (PT-GO).
Além de Lula, outros atores políticos têm interesse e atuação direta para tentar emplacar aliados ou, no mínimo, evitar rivais:
Flávio Dino: quer manter sua influência no ministério e faz lobby por Ricardo Capelli;
Rui Costa, ministro da Casa Civil, tem vários potenciais aliados no páreo (Wellington Lima e Silva e Luiz Fernando Corrêa, por exemplo) e ao menos um desafeto (Andrei Rodrigues);
PT se diz desprestigiado nas indicações para o Supremo e Procuradoria-Geral da República e tenta recuperar espaço indicando alguém próximo ao partido, como Jorge Messias e Gleisi Hoffmann.
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