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Após morte de chefe do tráfico, comércio fecha e 3.000 alunos ficam sem aula em favela no Rio

Crianças passam em frente ao Caveirão, o carro blindado da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro, usado na operação na favela do Chapadão - Jadson Marques/Futura Press
Crianças passam em frente ao Caveirão, o carro blindado da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro, usado na operação na favela do Chapadão Imagem: Jadson Marques/Futura Press

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

03/07/2013 15h37

A morte do traficante Felipe Rodrigues Lima, conhecido como “Felipe Fu” e apontado pela polícia como um dos líderes do tráfico na comunidade do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte do Rio, levou parte do comércio e sete escolas da região a fecharem as portas nesta quarta-feira (3). Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 3.167 alunos ficaram sem aulas.

A secretaria informou que a medida foi tomada devido à “violência no entorno das unidades escolares” e que o conteúdo perdido será reposto. Segundo a Polícia Militar, que realiza uma operação na favela a fim de encontrar suspeitos ligados ao traficante, parte do comércio amanheceu fechado, mas a situação já foi normalizada.

  • Jadson Marques/Futura Press

    A morte do chefe do tráfico da favela do Chapadão fechou as portas do comércio da região e deixou mais de 3.000 crianças sem aula

O criminoso morreu no fim da noite de terça-feira (2) após entrar em confronto com policiais militares do 41º BPM (Irajá). Os policiais realizavam uma operação na região quando teve início o tiroteio. Segundo a PM, ele chegou a ser levado ao Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos.

A polícia acredita que a quadrilha de Fu é responsável pelo aumento dos índices de criminalidade em Costa Barros e outros bairros da região. De acordo com as investigações, os criminosos agem com extrema violência, inclusive contra os próprios moradores.

Com o traficante, filho de Ricardo Chaves Castro de Lima, o Fu da Mineira, atualmente preso no Presídio Federal de Catanduvas, foi encontrado um fuzil 762 com a inscrição “Bacalhau”, nome do antigo chefe do tráfico no morro, Nando Bacalhau. 

Cunhado de Bacalhau, Felipe teria assumido o comando do morro depois da prisão de Nando, no fim de 2012.