Diretor de revista e 4 chargistas estão entre mortos em atentado em Paris
O jornalista, caricaturista e diretor da revista "Charlie Hebdo", Charb (Stéphane Charbonnier), e outros quatro chargistas do semanário satírico francês, Cabu (Jean Cabut), Tignous (Bernard Verlhac), Wolinski (Georgers Wolinski) e Honoré (Philippe Honoré), estão entre os 12 mortos do ataque cometido nesta quarta-feira (7), em Paris. O ataque deixou ainda 11 feridos, quatro deles em estado grave.
Charb, 47, era diretor da revista desde maio de 2009. Ele também trabalhava em outros jornais franceses. No "Charlie Hebdo", ele assinava uma coluna intitulada 'Charb não gosta de gente'.
Após um ataque ao escritório da revista em 2011, que havia publicado uma caricatura do profeta Maomé, Charb disse à época não temer represálias: "eu não tenho filhos, nem esposa, nem carro, nem crédito. Pode parecer um pouco pomposo o que vou dizer, mas eu prefiro morrer de pé a viver de joelhos".
Nascido em 1934, na Tunísia, Wolinski começou a publicar seus desenhos nos anos 1960. É considerado um dos maiores cartunistas do mundo. Foi chargista do "L'Humanité" e outros meios de comunicação como "Hara-Kiri", "Paris-Presse" e "Paris Match".
Tignous, nascido em Paris em 1957, colaborava com outros meios de comunicação como o semanário "Marianne" e o "Fluide glacial". Cabu, 77, colaborava com a revista desde sua criação, em 1970.
Honoré, 73, nascido em Lyon, era cartunista e editor da revista. Outra vítima foi o jornalista, escritor e economista Bernard Maris, 68, que escrevia para vários jornais. Um dos fundadores da "Charlie Hebdo", ele já foi editor-chefe do semanário.
Além deles, morreram o revisor Moustapha Ourrad, o cronista Michel Renaud e a psicanalista Elsa Cayat, que assinava uma coluna quinzenal na revista.
As duas últimas vítimas seriam dois policiais -- Franck Brinsolaro, encarregado da segurança de Charb, e Ahmed Merabet, morto ao atender a ocorrência.
A 12ª vítima seria um visitante do prédio, Frédéric Boisseau, 42, empregado da Sodexo.
Na manhã de hoje, homens armados invadiram a sede da revista e atiraram contra várias pessoas. O veículo usado por eles na fuga já foi encontrado pela polícia, abandonado, perto de Paris.
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