Suspeito de atentado em Boston diz que dupla agiu por motivos religiosos

Em Washington

Dzhokhar Tsarnaev, acusado do atentado em Boston na semana passada disse aos investigadores que ele e seu irmão, Tamerlan, não tinham contatos com grupos terroristas e que atuaram por motivos religiosos, segundo os veículos de imprensa americanos.

Saiba mais sobre os russos suspeitos dos ataques em Boston

  • Divulgação/FBI

    Os dois suspeitos apontados pelo FBI como responsáveis pelas explosões da Maratona de Boston foram identificados como sendo os irmãos Dzhokhar A. Tsarnaev, de 19 anos e que foi preso, e Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos e morto pela polícia. Os dois são russos, provenientes de uma região próxima à Tchetchênia, e residentes legais nos Estados Unidos há no mínimo um ano.

Na segunda-feira (22), um juiz federal foi ao hospital onde Tsarnaev, de 19 anos de idade, recebe atendimento pelos ferimentos que sofreu em seus confrontos com a polícia, leu seus direitos e o acusou de "uso de arma de destruição em massa" contra pessoas e propriedades.

Tamerlan, de 26 anos de idade, morreu na noite de quarta-feira para quinta-feira passada durante um tiroteio com a polícia dois dias depois que duas bombas, detonadas ao fim da maratona de Boston, mataram três pessoas e feriram mais de 264 pessoas.

Um funcionário do governo disse à imprensa que Tsarnaev, em declarações por escrito e gestos da cabeça, expressou aos investigadores que ele e seu irmão não tinham contato com grupos terroristas.

Tsarnaev, que sofreu ferimentos na boca que o impedem de falar, também indicou que ele e seu irmão planejaram os ataques por conta própria e motivados pelo fervor religioso.

Desde a semana passada, pessoas que conheciam os irmãos Tsarnaev disseram à imprensa que Tamerlan havia adotado há cerca de cinco anos uma posição islâmica extremista.

O FBI informou que os dois suspeitos, que detonaram nas ruas de Boston duas bombas confeccionadas com panelas de pressão, tinham armas de fogo, munição e outros artefatos explosivos.

O arsenal sugere que os suspeitos planejavam outros ataques.

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