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Toledo: Caso 'Taxad' mostra que não existe meme grátis

Não existe "memice grátis". A quantidade e a velocidade de memes criados nas últimas semanas, todos com a mesma estética e o mesmo alvo, sugerem que não foi um movimento "orgânico" de redes, mas algo planejado e organizado, ponderou o colunista José Roberto de Toledo no podcast A Hora desta sexta-feira (19).

Apenas um perfil no X (antigo Twitter) publicou mais de 75 memes diferentes em poucos dias insinuando que o ministro Fernando Haddad quer taxar tudo e todos. Para Toledo, isso é mais um sinal de que foi uma armação com alvo específico, já que Haddad é o sucessor natural de Lula nas próximas eleições presidenciais.

"Para fazer esse volume de meme, o cara não faz outra coisa na vida. E tem outros perfis também com uma produção industrial de memes. Eles se enquadram naquela zona cinzenta, que é antilulista, antipetista, mas que ocasionalmente fala mal do Bolsonaro. São os mercenários da política", avaliou Toledo.

Segundo o colunista, a "memice" conseguiu virar notícia, ajudada pelos 15 segundos na Times Square, mas não furou a bolha antipetista ou anti-Haddad. O pico de menções à taxa/imposto nas redes foi em maio, bem antes dessa nova onda de ataques a Haddad. Desde então, o engajamento com o tema vem caindo todo mês.

Vale lembrar que a taxação das blusinhas é um projeto que não vem de agora. No governo Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes apresentou uma medida provisória para fazer a criação dessa taxa, mas foi negada pelo presidente na época. Já no governo Lula, quem colocou esse projeto para aprovação, e teve êxito, foi o presidente da Câmara Arthur Lira.

"Muito curioso que não tenha pegado no Lira o 'Taxad' e sim no ministro da Fazenda, sendo que o presidente da Câmara teve um papel central para a aprovação dessa taxa", concluiu.

Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

A Hora é o novo podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube.

Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados de manhã.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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