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O rolo da fiação e o sumiço do eleitor

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Pablo Marçal recebeu 25% dos votos totais no primeiro turno da eleição de prefeito de São Paulo. Mas os institutos de pesquisa não estão encontrando tantas pessoas assim que declaram ter votado no candidato influencer. A proporção que aparece naturalmente na amostra é bem menor. Isso é um problema.

Por que isso acontece?

1) A recusa de eleitores de Marçal para responder à pesquisa é maior do que a de outros eleitores, seja por vergonha, desilusão ou raiva. Fogem do pesquisador como Ricardo Nunes foge de debate.

2) Dos que respondem, uma parte dos eleitores de Marçal parece estar declarando ter votado nulo, em branco ou que não votou no primeiro turno. Mente.

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A 'conspiração' que impediu São Paulo de enterrar seus fios

Funcionários da Enel recolhem fios após queda de árvore
Funcionários da Enel recolhem fios após queda de árvore Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/AE

O emaranhado de fios sobre São Paulo é um retrato da voracidade de um mercado desregulamentado e sem supervisão. São, na maioria, fibras ópticas de dezenas de telecoms diferentes que pagam aluguel à dona dos postes, a Enel, para pendurar neles a maçaroca de cabos que se enredam e se multiplicam a cada dia.

Os fios de eletricidade, a razão de ser dos postes, seguem solitários lá no alto. Solitários até encontrarem um galho ou tronco de árvore em dia de tempestade. E aí desfaz-se a luz.

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O drama é conhecido dos paulistanos e, à medida que a fúria da crise climática aumenta, mais frequente. Enquanto prefeito, governador e ministro se acusam, a única solução definitiva para os apagões periódicos nem sequer é prevista ou cogitada.

Dez anos atrás, o então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, lançou um plano detalhado para enterrar milhares de quilômetros de fios da cidade. Com raras e curtas exceções em um ou outra avenida, não conseguiu. Ele explica que tudo conspirou contra. Da concessionária à Justiça, passando pelo órgão regulador.

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Médico se entope de ultraprocessados e relata o estragos

Médico britânico Chris Van Tulleken viveu na própria pele os efeitos de comer alimentos ultraprocessados sem restrições
Médico britânico Chris Van Tulleken viveu na própria pele os efeitos de comer alimentos ultraprocessados sem restrições Imagem: iStock

Sono perturbado, constipação, hemorroidas, irritação, tristeza, cansaço e ganho de peso. Em quatro semanas, o médico britânico Chris Van Tulleken viveu na própria pele os efeitos de comer alimentos ultraprocessados sem restrições.

Sono perturbado, constipação, hemorroidas, irritação, tristeza, cansaço e ganho de peso. Em quatro semanas, o médico britânico Chris Van Tulleken viveu na própria pele os efeitos de comer alimentos ultraprocessados sem restrições.

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Para saber se esses produtos faziam mesmo tão mal à saúde como alertam cientistas de todo o mundo, Tulleken passou quatro semanas comendo porcaritos no café da manhã, no almoço e no jantar. E os seus achados e relatos estão no livro "Gente Ultraprocessada", lançado nesta semana no Brasil (ed. Elefante).

Nesse período, 80% das calorias que ele ingeria vinham de comida congelada, sorvetes, biscoitos, cereais matinais açucarados e refrigerantes.

"Não achei que seria interessante, porque não é nada heroico", ele diz em entrevista ao podcast A Hora, do UOL. Essa é a quantidade que um quinto dos britânicos e norte-americanos comem de ultraprocessados, em média.

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Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

A Hora é o novo podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube.

Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados de manhã.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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