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Digitais de Bolsonaro no golpe e o pai da isenção

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Passaram-se seis semanas entre a entrega das medidas de ajuste fiscal por Fernando Haddad a Lula e o sinal verde do presidente para que elas fossem anunciadas. Quando foram liberadas, Lula convocou uma cadeia de rádio e TV e mandou Haddad dar a má notícia. O presidente ainda meteu a isenção de Imposto de Renda para ganhos até R$ 5 mil por mês no pacote do ministro.

"Foi ruim, mas foi bom", diríamos na Grande Matão.

O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui.

Na avaliação da Faria Lima, "Haddad está desprestigiado, por isso o dólar disparou". Conversa fiada. A alta tem meses. Começou em março e se acelerou em outubro, quando a agência de risco Moody's melhorou a nota de crédito do Brasil. Foi também quando o ministro começou a falar de corte de gastos. Não foi a fala que puxou o dólar. Mais provável que tenha sido o oposto. Em oito meses, o dólar foi de R$ 5 para R$ 6, alta de 20%, cinco vezes a inflação.

Especulações políticas e cambiais à parte, Haddad recebeu uma lição e uma missão de Lula. A soma de ambas tende a ser positiva, muito positiva, para o ministro - desde que ele aprenda a primeira e cumpra a segunda.

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PEC do Aborto: 'Maravilhoso, ganhei mote de campanha', diz Cunha

Eduardo Cunha
Eduardo Cunha Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Dias após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado, seu grupo político dá sinais vitais.

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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que proíbe o aborto no Brasil, dando margem para o veto inclusive à interrupção nos casos já previstos em lei como estupro, risco de vida à mulher e anencefalia.

A medida foi proposta pelo deputado cassado Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) em 2012 e ainda precisa ser aprovada por três quintos do plenário em dois turnos para ir ao Senado.

Em conversa com o podcast A Hora, Eduardo Cunha comemorou a aprovação. "Achei maravilhoso. Pretendo voltar [à Câmara] em 2026 e protocolizar comissão especial se não tiver avançado até lá", afirmou. "Me deram um bom discurso de campanha."

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Heróis ou prevaricadores, qual o papel dos comandantes no golpe?

À esquerda, ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; à direita, ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior
À esquerda, ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; à direita, ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior Imagem: Reprodução
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As quase 900 páginas do relatório final da Polícia Federal trazem evidências de que altos oficiais das Forças Armadas, sobretudo dois dos três comandantes, não embarcaram no golpe e com isso desencorajaram o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a ir até o fim.

São eles: Carlos de Almeida Baptista Júnior e Marco Antonio Freire Gomes, então comandantes da Aeronáutica e do Exército, respectivamente.

Foram, por isso, louvados como heróis da democracia, por parte da opinião pública. Mas fica a questão: se souberam do golpismo em curso, como prova a PF, não deveriam tê-lo parado ou ao menos denunciado sob pena de, ao se omitirem, prevaricarem?

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Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

A Hora é o podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h. O Canal UOL está disponível na Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64) e no UOL Play.

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Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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