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Gonet deixou fora da denúncia Valdemar Costa Neto e incluiu mais um coronel

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deixou de fora da denúncia sobre a tentativa de golpe alguns nomes que haviam sido indiciados pela Polícia Federal sob acusação de crimes contra o estado democrático. Na denúncia, ele argumentou que não houve provas suficientes para acusá-los de crimes.

Além disso, Gonet ainda incluiu na denúncia mais um militar que não aparecia no relatório da PF, o coronel Márcio Nunes Resende de Araújo, acusado de envolvimento nas articulações golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Na peça apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), Gonet apontou que a ausência de determinados nomes na denúncia não significa o arquivamento e que novos elementos de prova podem resultar na retomada das investigações contra eles.

O principal deles foi o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Ele havia entrado na mira da PF porque apresentou um pedido de verificação extraordinária nas urnas eletrônicas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Também ficaram de fora da denúncia o jurista Amauri Feres Saad, apontado na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid como um dos responsáveis por apresentar a Bolsonaro uma minuta golpista contra o resultado das eleições, e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, acusado de participar dessas reuniões. A defesa do padre já havia afirmado que ele nunca discutiu plano de golpe com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Outros nomes indiciados pela PF e não denunciados são o coronel Alexandre Castilho (apontado como um dos articuladores de uma carta para pressionar o Comando do Exército sobre um eventual golpe), o coronel Anderson Lima de Moura (também indiciado por causa da carta), o argentino Fernando Cerimedo (responsável por divulgar relatório com informações falsas sobre as urnas), e o ex-assessor presidencial Tércio Arnaud Tomaz (acusado de integrar o gabinete do ódio e auxiliar na disseminação de notícias falsas).

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