Às vésperas de 3ª greve geral contra Milei, mais de 300 voos são cancelados
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Um ano após o primeiro movimento nacional contra as medidas econômicas do governo Javier Milei, a maior central sindical da Argentina prepara para amanhã a terceira greve geral, de 24 horas.
A CGT (Confederação Geral do Trabalho da República Argentina) conta com a adesão de outros 11 sindicatos, como a CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e a CATT (Confederação Argentina de Trabalhadores de Transporte).
Mais de 300 voos já foram cancelados ou reprogramados. Também vão parar trens e metrôs, bancos, escolas e universidades, serviços de coleta de lixo, correios, serviços da administração pública, portos e transporte de carga. Já os serviços médicos e hospitalares e postos de combustíveis terão funcionamento parcial
A UTA (União TransViários Automotor), responsável pelo serviço de ônibus, não vai participar. "Amanhã terá ônibus normalmente", afirmou Mario Callegari, líder sindical da UTA, à rádio Mitre, explicando que o sindicato passou por um processo de conciliação e, por lei, tem que suspender qualquer greve planejada.
Voos cancelados afetam 20 mil passageiros
A Aerolíneas Argentinas, maior empresa a operar nos aeroportos do país, afirmou que 258 voos previstos para quinta-feira foram cancelados, afetando 20 mil passageiros, mas 80% deles já foram realocados e reprogramados.
Segundo a Gol, 28 voos da companhia foram cancelados nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário.
Segundo a empresa, os clientes estão sendo comunicados via email ou SMS e podem remarcar suas viagens sem custo para outras datas ou solicitar o reembolso integral.
Já a Latam disse apenas que suspendeu as viagens, sem informar quais e quantas, mas que os passageiros podem reprogramar ou pedir devolução dos valores.

Além de protestar contra a política econômica de Milei, que desde que assumiu adotou o "choque" econômico como marca, os sindicatos pedem melhores condições de trabalho, aumento salarial e aumento da pensão dos aposentados argentinos.
A greve da CGT já estava sendo planejada, mas a violenta repressão aos aposentados no protesto do dia 12 de março acelerou o anúncio da paralisação, informaram os sindicalistas.
Para hoje, a CGT prepara uma mobilização na praça do Congresso argentino em apoio aos aposentados, que todas as quartas-feiras protestam em frente ao palácio legislativo por melhores pensões.
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