Mesmo afastados, militares investigados pela PF seguem ganhando salários
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), os militares envolvidos nas investigações da tentativa de um golpe de Estado em 2022 que estão na ativa foram afastados de seus cargos e funções. Todos, porém, irão continuar a receber os salários.
Conforme mostrou a coluna, o comandante do Exército já havia determinado o afastamento no dia da operação, ainda sem saber todas as diligências determinadas pelo ministro do Supremo.
Apesar disso, assim como no caso do tenente-coronel Mauro Cid, os seis militares da ativa seguem recebendo seus benefícios, incluindo o salário na íntegra.
Os vencimentos dos militares afastados variam conforme gratificações e especializações. Em média, um coronel ganha em torno de R$ 25 mil de forma bruta. Após os descontos, em média, a remuneração da patente fica por volta de R$ 16 mil.
Já um tenente-coronel ganha, em média, R$ 23 mil brutos e R$ 15 mil líquidos.
De acordo com fontes militares ouvidas pela coluna, a conduta de manter os benefícios visa a preservar a família do militar e o próprio, já que eles ainda não foram condenados.
Os seis militares da ativa foram afastados de suas funções e dois deles —o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima— foram retirados dos postos de comando que ocupavam.
Os militares da ativa alvos da PF são:
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército e que chefiava o comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus (AM);
- Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
- Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;
- Ronald Araújo Junior, tenente-coronel;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel.
O coronel Bernardo Corrêa Netto e o tenente-coronel Rafael Martins estão presos.
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