Queimadas deixam Manaus tomada por fumaça e com o ar 'muito insalubre'
A qualidade do ar da cidade de Manaus está classificada como "muito insalubre" desde este sábado (10). Isso é fruto das queimadas que estão tomando conta do Amazonas e que estão levando uma nuvem gigante de fumaça até a capital.
Nas redes sociais, moradores têm postado vídeos e fotos da cidade coberta por fumaça, com uma série de reclamações quanto à qualidade do ar.
Ao meio-dia, o site do projeto Aqicn, que traz o índice mundial de qualidade do ar, aponta que Manaus está com ar que varia entre pouco saudável e muito insalubre, a depender da região. A tacx vai de 0 a 500, e partir de 81 a qualidade do ar já é considerada "ruim". Manaus tinha taxas de 166 a 188.
Para efeito de comparação, Boa Vista, no estado vizinho de Roraima, estava com qualidade de 15 no mesmo horário.
A medição leva em conta poluentes atmosféricos por material particulado e inclui taxas de dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e monóxido de carbono.
Manaus, 2024 - Dias normais / Pelo menos 3° dia com fumaça pic.twitter.com/Gmy6EexfVZ
-- FH (@araujofhn) August 11, 2024
A situação levou o prefeito David Almeida (Avante) a se posicionar no X (antigo twitter) após cobranças de ações sobre a fumaça na cidade.
Ele afirmou que, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), não há focos de incêndio na capital amazonense.
A prefeitura está realizando, desde o mês de junho, a campanha de sensibilização Manaus Sem Fumaça, que tem como intuito conscientizar as pessoas que ainda ateiam fogo em resíduos que estão nos seus quintais. A equipe da Semmas está diariamente nas ruas fazendo fiscalizações e checando denúncias de crimes ambientais.
David Almeida, no X
Manaus, 10 de agosto de 2024 (só fumaça) pic.twitter.com/HuHTaOr8RZ
-- Ju ribe (@julianaribe) August 10, 2024
Somente nos 10 primeiros deste mês, segundo o Inpe, o estado registra 2.845 focos de incêndios. O número é mais da metade de todos os focos registrados nos 31 dias de agosto do ano passado no Amazonas, que teve de 5.447 pontos de queimadas.
O cenário é agravado porque o estado enfrenta uma seca intensa desde o ano passado, que pode levar os rios este ano a terem níveis ainda menores que o recorde negativo de 2023.
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