Mancha de ar seco cruza mais de 3.000 km de Norte a Sul do Brasil; veja
Uma mancha gigante de ar (áreas em marrom) muito seco tomou conta do país, com mais de 3.000 quilômetros de extensão e largura, na segunda-feira (9). O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) está com alerta de perigo para 12 estados brasileiros (veja lista abaixo) e o Distrito Federal devido à baixa umidade.
Às 15h (de Brasília), a mancha de ar seco (com umidade abaixo de 30%) atingiu seu pico e cobria uma área de 3 mil quilômetros de extensão do Maranhão a Santa Catarina, pontos mais ao norte e sul do país dentro da imagem.
Já entre leste a oeste, essa mancha é maior, passa de 3,2 mil quilômetros de largura e vai do Rio Grande do Norte a Rondônia.
Segundo os dados, apenas Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e Rio Grande do Sul não estavam com a maioria de seus territórios envoltos nessa bolha de ar seco.
Os dados são captados em medições de satélite e foram divulgadas pelo site Windy, especialista em informações meteorológicas em tempo real, que apresenta vários tipos de medições de condições do clima de todo o planeta.
Alerta
Segundo o Inmet, a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 12% nos estados e no Distrito Federal, onde há maior risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.
Os estados com alerta de perigo são:
- Goiás
- Bahia
- Mato Grosso do Sul
- Tocantins
- Rondônia
- Mato Grosso
- Minas Gerais
- Pará
- Paraná
- São Paulo
- Maranhão
O Inmet emitiu ainda um alerta de ondas de calor para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e parte de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O alerta vale até a quinta-feira (12), e nesses locais as temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média.
O clima seco e quente favorece também a propagação de fogo. Em apenas oito dias, de 1º até este domingo, setembro já acumula 32.360 focos de queimadas no país, uma média de 4.045 ao dia (bem mais que o dobro da média do mesmo mês do ano passado, de 1.550).
Historicamente, o mês de setembro é o pico de queimadas, e em 2024, com a seca histórica que o país vive, os números estão acima da média histórica dos últimos anos.
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