Após ouvir Moraes, Tarcísio escolhe menos votado para chefiar MP-SP
Mesmo com menos votos na lista tríplice, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa foi o escolhido para chefiar o Ministério Público de São Paulo ontem (13). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), bateu o martelo após consultar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Apesar de aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, contumaz crítico do trabalho de Moraes, Tarcísio ouviu a recomendação de Moraes porque o ministro foi promotor de Justiça em São Paulo, explicou uma fonte do Judiciário.
Oliveira e Costa ficou em terceiro lugar na eleição organizada pelo MP paulista, com 731 votos. O primeiro colocado na eleição foi José Carlos Cosenzo, com 1.004 votos, seguido por Antonio Carlos da Ponte, com 987 votos.
Pela lei, o governador teria liberdade para escolher qualquer um dos três, mas Moraes teria apresentado restrições ao nome de Cosenzo e preferência por Oliveira e Costa. A posse deve ser realizada nos próximos dias.
Oliveira e Costa é aliado a Mário Sarrubo, o último escolhido para procurador-geral da Justiça. Sarrubo também é ligado a Moraes. O procurador chegou a cogitar concorrer a uma vaga de ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas acabou nomeado secretário nacional de Segurança Pública pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
O novo procurador-geral de Justiça já dirigiu a Febem (hoje Fundação Casa) na gestão Geraldo Alckmin e foi secretário de Desenvolvimento Social quando Gilberto Kassab era prefeito de São Paulo.
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