Juízes dizem que eleição no RS será mantida, mas preveem abstenção alta
Mesmo com o alagamento que atingiu a estrutura da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul, a possibilidade de serem adiadas as eleições municipais no estado é remota. A avaliação é de juízes gaúchos e fontes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Entretanto, a avaliação das autoridades é que o nível de abstenção deve ser elevado no pleito marcado para 6 de outubro. Isso porque, com as enchentes, muitos eleitores perderam seus documentos pessoais, o que dificultaria o comparecimento para votar.
Uma fonte do Judiciário do Rio Grande do Sul comparou a situação à do Furação Katrina, que provocou enchentes e matou mais de 1.500 pessoas no estado da Louisiana, nos Estados Unidos, em 2005.
Segundo interlocutores da ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE em 3 de junho, a avaliação dela é que a tragédia ainda está em curso, portanto, seria premeditado prever o adiamento da eleição no estado.
Apesar de ser uma discussão presente entre os ministros da Corte, o tema ainda movimenta os bastidores e não chega a ser debatido em caráter oficial.
Na sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) do dia 8, o ministro Alexandre de Moraes, que preside o TSE, informou que as urnas eletrônicas armazenadas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) gaúcho estavam submersas, porque estavam acomodadas no primeiro andar, que foi atingido pela água.
Moraes afirmou que existe estoque no TSE para reposição, e que os equipamentos seriam enviados ao estado.
Na ocasião, o ministro afirmou que o setor administrativo do TSE rodaria a folha de pagamento dos servidores do TRE do próximo mês. E que foi prorrogado o prazo para o cadastro de eleitores do Rio Grande do Sul.
Reportagem
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