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Briga entre Eduardo Bolsonaro e Douglas Garcia racha extrema-direita em SP
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O clima que não andava bom entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL -SP) e o deputado estadual paulista Douglas Garcia (PTB) acabou resultando em rompimento e longa discussão travada ontem no Twitter. Eduardo reclama das críticas de Douglas ao governo Bolsonaro e o deputado estadual lamenta a falta de apoio no episódio em que produziu um "dossiê antifascista". Por causa do documento, Douglas foi muito criticado e responde a processos na Justiça.
A briga representa um racha na extrema-direita de São Paulo. Douglas Garcia engrossa o grupo de políticos paulistas que se elegeram em 2018 na onda de Jair Bolsonaro e que depois brigaram com o presidente ou algum de seus filhos. Foi assim com Alexandre Frota, Joice Hasselmann, Major Olímpio, entre outros. Douglas, no entanto, diz que não quer ser visto como um deles e garante manter o apoio ao presidente da República.
Eduardo explica por que deixou de segui-lo no Twitter. "Parei de seguir Douglas, assim como ele já fez comigo, e bloqueei outros assessores seus que me batem sem qualquer motivo também", escreveu o filho 03 do presidente. "Para ler porrada e receber energia negativa me bastam a grande mídia e partidos de esquerda."
Um dos motivos de desavença é o chamado dossiê antifascista que Douglas preparou no ano passado com nomes de ativistas de esquerda, como se antifascismo fosse crime (é justamente o contrário). Ele disse ter entregado a lista às polícias Civil e Federal, além da embaixada americana. Segundo Douglas, foi Eduardo quem encaminhou o documento à embaixada. O filho do presidente nega.
Douglas desmentiu Eduardo. "Você ficou com medo da repercussão pela ação que eu tomei em defesa do PR Bolsonaro", tuitou o deputado estadual. "Você se acovardou quando viu que eu estava com quase uma centena de processos e investigações do MP! Você me deixou sozinho pois teve medo, mas eu bati no peito e tô enfrentando até hoje!"
Segundo Douglas, Eduardo o bloqueou porque é "mimado" e não aceita ser contrariado. "Não aceita o fato de que eu não sou um cachorrinho que quando você estala os dedos, coloco o rabo entre as pernas, abaixo a orelha e peço a bênção."
Os seguidores dos dois parlamentares estenderam a discussão nos comentários, mostrando que os extremistas de direita de São Paulo terão dificuldades para seguir unidos na campanha ao Legislativo em 2022.
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