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Reação do TSE contra Bolsonaro tem apoio na Câmara dos Deputados
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A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de abrir inquérito administrativo para apurar os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eletrônico de votação e pedir que ele seja incluído no inquérito das fake news, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu apoio de deputados federais de diferentes partidos.
Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM) apoia a adoção de medidas enérgicas contra as ameaças do presidente à democracia. "Espero que inspire o Parlamento", disse ele à coluna. "Pouca gente se atenta, mas quando Bolsonaro fala em não ter eleição, está contido fechar a Câmara dia 1º de fevereiro de 2023, quando acabam os nossos mandatos".
Para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o TSE reagiu corretamente à ofensiva de Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro e contra a democracia. "Depois dessa iniciativa, fica ainda mais insustentável a recusa do presidente da Câmara em processar os pedidos de impeachment pelos inúmeros crimes de responsabilidade", acredita a deputada. "Cada dia a mais com Bolsonaro é um dia a mais de destruição do país e sofrimento para o povo".
Ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) avalia que até demorou essa iniciativa mais dura. "Enfim, um recado contundente. Sinal claro que a paciência acabou", comentou Maia.
Fabio Trad (PSD-MS) destaca também o recado passado pelo presidente do TSE, Luis Roberto Barroso. "O discurso de Barroso contra o caráter golpista que permeia todas as condutas antidemocráticas protagonizadas por Bolsonaro precisa ser ouvido, sentido e praticado por quem está fornecendo oxigênio político ao governo: CENTRÃO!", escreveu ele em suas redes sociais.
Como era esperado, somente os deputados ligados à base do governo fizeram objeções às atitudes do TSE. O líder governista na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) foi um deles: "A Justiça é poder moderador, não pode ser reativa. A Justiça não ganha nem perde uma causa ou um pleito. Ela apenas aplica uma regra estabelecida pela sociedade para haver um resultado justo. Não lhe cabe escolher a regra, gostar ou não dela. Apenas cegamente aplicá-la".
Relator da PEC do Voto Impresso, o deputado Filipe Barros (PSL-PR) criticou no Twitter a decisão do TSE. "Judiciário ter posição sobre instrumentos a serem utilizados no processo eleitoral e agir politicamente para que sua opinião prevaleça, além de estanho, é antidemocrático", tuitou.
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