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MP não considera concluída investigação sobre assassinato de petista no PR
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Em manifestação à Justiça emitida ontem, o promotor Tiago Lisboa Mendonça, do Ministério Público do Paraná, deixou claro que não considera encerrada a investigação sobre o assassinato do militante petista Marcelo Arruda no sábado (9) pelo bolsonarista Jorge José Guaranho, em Foz do Iguaçu. O posicionamento vai contra o entendimento da delegada Camila Cecconello, que ontem deu o inquérito por encerrado e descartou motivação política para o crime.
Mendonça também destaca que faltam as conclusões da perícia. Somente ontem foi apreendido o celular de Guaranho, algo que já tinha sido pedido pelo MP.
No texto, o promotor diz que, em complemento a manifestação anterior, "aguarda-se, além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes".
A presença de Mendonça chegou a ser anunciada na entrevista coletiva da delegada responsável pelo caso, mas ele não compareceu.
Daniel Godoy, advogado da viúva de Marcelo, Pâmela Silva, concorda com o promotor. "Ele não caiu no deslize de dar por concluída a investigação sem a vinda aos autos das perícias e do relatório conclusivo", disse Godoy à coluna. "Acho que por isso não foi na coletiva: não quis se comprometer com a divulgação de um relatório que ainda estava sendo elaborado".
Para o advogado, ao não fazer coro com a conclusão da polícia, o promotor indica que não vai oferecer denúncia sem os laudos periciais. "Isso confirma nossa tese de que o aprofundamento das investigações e perícias pode provar a motivação politica", diz ele.
Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas.
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