Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
'Não é difícil distinguir discurso de ódio de opinião', diz Manuela d'Ávila
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Coordenadora do grupo de trabalho contra o discurso de ódio e extremismo, criado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a ex-deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) rebate a argumentação de parlamentares bolsonaristas de que iniciativas desse tipo visam limitar o direito de opinião.
Não é difícil distinguir o que é discurso de ódio do que é mera opinião. Nós estamos falando de crimes, crime do racismo, misoginia, LGBTfobia, incitação a violência"
Manuela d'Ávila
A ex-parlamentar afirma que esses delitos têm consequências concretas na vida nacional. "Foi o que se viu no 8 de janeiro, nos ataques que lamentavelmente têm acontecido nas escolas e que afetam a vida de pessoas que são ameaçadas permanentemente", diz.
O grupo é formado por 29 personalidades ligadas ao assunto, como Felipe Netto, João Cezar de Castro Rocha, Débora Diniz e Lola Aronovich. A primeira reunião está marcada para o dia 6 de março e o grupo de trabalho tem prazo de 180 dias para apresentar as conclusões.
A ex-deputada destaca que o grupo que coordena tem função diferente da iniciativa do Congresso Nacional, onde o deputado Orlando Silva (PcdoB-SP) prepara um projeto de lei para incidir na regulamentação das plataformas, modelo de negócios, big techs.
"Vamos trabalhar com o outro aspecto, que é justamente questionar como a gente pode estabelecer mecanismos para que as pessoas não se engajem com esse tipo de conteúdo, não compartilham esse tipo de conteúdo", afirma.
O ideal é que a sociedade mesmo construa uma cultura cidadã, democrática, uma cultura de paz. O letramento midiático, a cidadania digital é o caminho"
Manuela d'Ávila
Ao contrário dos que acreditam que menos acesso à internet é a solução para combater a desinformação, Manuela defende que com mais acesso as pessoas podem conferir a veracidade das informações e buscar mais conteúdo de esclarecimento.
Ela não sabe dizer se a disseminação do discurso de ódio tanto no Brasil quanto em outros países teria um "mandante" transnacional. "Eu não encontraria por aí a resposta para isso. As transformações econômicas globais, sociais e comportamentais estão relacionadas ao papel que as plataformas têm nessa nova dinâmica política e social", diz Manuela.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.