OMS: Brasil e mais países devem se preparar para contenção do coronavirus
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A declaração de emergência sanitária global coloca sobre o governo brasileiro e todos aqueles sem o registro de casos a obrigação de que estabeleçam estratégias de contenção para um eventual surto do coronavírus.
"Espera-se que mais exportações internacionais de casos possam aparecer em qualquer país", afirmou a entidade. "Assim, todos os países devem estar preparados para a contenção, incluindo vigilância ativa, detecção precoce, isolamento e gestão de casos, rastreio de contatos e prevenção da propagação da infecção", explicou a OMS.
A entidade também pede que se partilhe "dados completos com a OMS" e relembra a todos os governos de que tal gesto é uma "obrigação legal".
"Os países devem dar especial ênfase à redução da infecção humana, à prevenção da transmissão secundária e da propagação internacional, e contribuir para a resposta internacional através da comunicação e colaboração multi-setorial e da participação ativa no aumento do conhecimento sobre o vírus e a doença, bem como no avanço da investigação", explicou a OMS.
Na lista de recomendações, a OMS insistiu que não incluiu restringir viagens. "As evidências demonstraram que restringir a circulação de pessoas e bens durante emergências de saúde pública pode ser ineficaz e pode desviar recursos de outras intervenções", explicam.
"Além disso, as restrições podem interromper a ajuda e o apoio técnico necessários, podem perturbar as empresas e podem ter efeitos negativos sobre as economias dos países afetados pelas emergências", alertam.
Mas a OMS deixa a porta aberta para algumas situações. "Em certas circunstâncias específicas, as medidas que restringem o movimento de pessoas podem revelar-se temporariamente úteis, como em contextos com capacidades e capacidades de resposta limitadas, ou onde existe uma elevada intensidade de transmissão entre populações vulneráveis", disse.
"Nessas situações, os países devem realizar análises de risco e custo-benefício antes de implementar tais restrições para avaliar se os benefícios superariam os inconvenientes", sugere. "Os países devem informar a OMS sobre quaisquer medidas de viagem tomadas. Os países são advertidos contra ações que promovam o estigma ou a discriminação", alerta.
Caso alguma medida sanitária seja implementada contra pessoas ou bens, governos serão obrigados a enviar à OMS "a fundamentação e justificação de saúde pública no prazo de 48 horas após a sua implementação". "A OMS irá rever a justificação e poderá solicitar aos países que reconsiderem as suas medidas", alertou.
Para a comunidade mundial, a agência pede que haja um apoio internacional "na identificação da origem do novo vírus, no seu pleno potencial de transmissão entre humanos, na preparação para a potencial importação de casos e na investigação para o desenvolvimento do tratamento necessário".
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