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Obama convoca Brasil e emergentes a "liderar" no debate climático na COP26
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Barack Obama, o ex-presidente dos EUA que assinou o Acordo de Paris, fez nesta segunda-feira um alerta: governos não estão fazendo o suficiente para lidar com as mudanças climáticas. E pediu que países emergentes, entre eles o Brasil, assumam o papel de liderança na questão ambiental.
O americano discursou na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26), em meio a uma crise profunda nas negociações para um acordo climático. Emergentes insistem que precisam de recursos dos países ricos, enquanto Europa e Estados Unidos alertam que apenas vão apresentar recursos se houver um compromisso de redução do desmatamento e de emissões.
Recebido como um superstar, Obama foi direto ao ponto: "o tempo está se esgotando". "Não estamos nem perto de onde deveríamos estar", insistiu. Segundo ele, "a maioria dos países fracassou em atingir as metas" estipuladas no Acordo de Paris, de 2015.
Para Obama, aquele tratado foi apenas o início. "Mas individualmente e coletivamente estamos abaixo do que era esperado. Não estamos nem perto de fazer suficiente", insistiu.
O americano aproveitou seu discurso para criticar a ausência de Rússia e China nos compromissos ambientais. Chamando de "lamentável", ele ainda apontou para planos "perigosos" por parte desses países.
"Precisamos da liderança da Europa e EUA, mas também da Índia, China, África do Sul, Indonésia e do Brasil", declarou. Obama citou como alguns governos têm se comprometido com redução de emissões. Mas fez referências apenas aos planos da Coreia do Sul, Europa e Canadá, deixando as promessas brasileiras de fora.
Horas antes de ele discursar, uma aliança inusitada entre chineses, indianos e brasileiros declarou em Glasgow que, sem recursos por parte dos países ricos, não haveria como garantir os compromissos de reduções de emissões de CO2.
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