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Sônia Guajajara, Zelensky e Assange disputam principal prêmio na Europa
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O principal reconhecimento de direitos humanos na Europa, o Prêmio Sakharov, coloca a líder indígena brasileira Sonia Guajajara em concorrência direta com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Julian Assange.
O Prêmio Sakharov é concedido desde 1988, quando o sul-africano Nelson Mandela foi homenageado. No ano passado, ele foi entregue ao ativista político russo Alexei Navalny, atualmente detido na Rússia. Este prêmio da UE é dado ao indivíduos ou organizações que contribuam para a proteção da "liberdade de pensamento".
Para a edição deste ano, a lista dos indicados tem Zelensky, o povo ucraniano, Julian Assange, Sonia Guajajara e a Comissão da Verdade Colombiana.
Cabe a cada bloco político no Parlamento Europeu apresentar seus indicados. No caso do líder ucraniano, seu nome foi apresentado pelo Partido Popular Europeu (EPP) e ala dos parlamentares conservadores. Os socialistas também querem que o prêmio faça uma referência à crise militar. Mas decidiram nomear a sociedade civil ucraniana.
"Desde fevereiro, o povo ucraniano vem travando uma batalha desigual contra o agressor brutal que está espezinhando os direitos humanos, para não mencionar os inúmeros civis. No entanto, eles permanecem firmes na defesa de seu país, mas também de nossa democracia e liberdade européia", disse Pedro Marques, eurodeputado pelo bloco Socialistas e Democratas.
Já o bloco ecologista no Parlamento nomeou a indígena brasileira Sonia Guajajara por sua atuação na defesa da floresta e por ter dedicado sua vida na luta pelos indígenas. Ela já foi nomeada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time e sua indicação foi interpretada dentro do governo brasileiro como um recado claro de oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
Para a eurodeputada Anna Cavazzini, a ativista brasileira "é "inspiradora". "Os povos indígenas estão sob ameaça, especialmente no Brasil", disse a parlamentar.
O vencedor será conhecido até o final do ano. Também concorrem a Comissão Colombiana da Verdade, um órgão autônomo do Estado colombiano que visa esclarecer as características e causas do conflito armado no país, que começou no final da década de 1940, além de Julian Assange, criador do WikiLeaks e que eestá atualmente detido na prisão Belmarsh em Londres, aguardando um recurso contra sua extradição para os EUA.
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