Tabelinha de Maduro com o seu Judiciário expõe Lula ao ridículo
Em 24 horas, a Venezuela alternativa criada por Lula, na qual a oposição pode recorrer à Justiça, mudou de patamar. Na terça-feira a idealização de Lula era apenas um país da carochinha. Virou piada na quarta, dia em que Nicolás Maduro encomendou ao Tribunal Supremo de Justiça, sua Corte amestrada, uma auditoria na eleição que alega ter vencido.
Em entrevista, Maduro disse que seu partido está pronto para apresentar aos juízes de estimação "100% das cédulas de votação". Colocou-se à disposição para ser "convocado, interrogado e investigado". Estimou que o antagonista Edmundo González e sua madrinha María Corina devem ralar "pelo menos 30 anos de prisão" por insuflar o asfalto e conspirar contra o governo.
Maduro atingiu o ápice da autossuficiência totalitária. Ele mesmo convoca a eleição, ele mesmo frauda o resultado, ele mesmo recorre à Justiça, ele mesmo sentencia os adversários à pena de cadeia. O agigantamento do déspota expõe Lula ao ridículo.
O ditador, como um elefante, está lá. Aliás, nunca nada está tão lá como um ditador. Depois da eleição de domingo, Maduro consolidou-se como definição do elefante que está, definitivamente, em Caracas, e sobre a qual nenhuma conversa mole é aceitável.
A complacência de Lula e do PT com ditadores companheiros transformou-se ao longo do tempo em muitas coisas. De embaraço passou a hábito, de hábito passou a parâmetro. De repente, nada mais precisava ser muito explicado. O diabo é que, depois de Bolsonaro e do 8 de janeiro, fingir que nada aconteceu é o mesmo que se assumir como golpista.
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