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Após exclusão de Tuta, PCC decide substituir o número 1 da facção nas ruas
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O PCC (Primeiro Comando da Capital) decide trocar o comando da facção criminosa nas ruas após a exclusão de Marcos Roberto de Almeida, 52, o Tuta, sequestrado na Bolívia pelo "tribunal do crime" da organização sob a acusação de ter mandado matar à revelia integrantes do grupo.
Fontes da Polícia Civil e do sistema prisional paulista revelaram à coluna que os nomes mais cotados para substituir Tuta na chefia da célula "sintonia final de rua" do PCC são Patric Uelinton Salomão, 41, o Forjado, e Francisco Antônio Cesário da Silva, 45, o Piauí.
Forjado estava preso na Penitenciária Federal de Brasília e foi mandado de volta para o estado de São Paulo em 18 de fevereiro deste ano. Dias depois, ele assinou um alvará de soltura na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) e saiu em liberdade.
Piauí, chefe do tráfico de drogas na favela Paraisópolis, zona sul paulistana, estava recolhido em presídio federal desde 2012. Ele deixou a Penitenciária de Catanduvas (PR) em 9 de setembro de 2021, como divulgou em primeira mão o repórter Rogério Pagnan, da Folha de S. Paulo.
Os dois criminosos são considerados pelas autoridades carcerárias como os dois integrantes de confiança da liderança do PCC que estão em liberdade no momento. Ambos já cumpriram pena ao lado de integrantes da cúpula da facção e conhecem a fundo o funcionamento da organização criminosa.
Para o setor de inteligência do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o PCC não definiu o substituto de Tuta e os nomes de Forjado e Piauí são meras especulações. Outros cotados para gerenciar os negócios da facção nas ruas são Sérgio Luiz de Freitas Filho, 43, o Mijão, e Silvio Luiz Ferreira 44, o Cebola.
Segundo o MP-SP, Mijão está refugiado na Bolívia, onde é o responsável pela compra de cocaína naquele país e pela remessa da droga de lá para o Brasil. Cebola também encontra-se foragido. A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de ambos.
Mijão, Cebola e outros 17 réus no mesmo processo são acusados de movimentar R$ 1 bilhão do PCC no período de janeiro de 2018 a julho de 2019. De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), o dinheiro foi arrecadado com o tráfico de drogas.
Outro sequestrado
Fontes das forças de segurança sustentam que Tuta, até então o número 1 do PCC nas ruas, foi sequestrado na Bolívia por integrantes do "tribunal do crime" e excluído da facção por ter mandado matar Nadim Georges Hanna Awad Neto, 42, e Gilberto Flares Lopes Pontes, 39, o Tobé.
Segundo as fontes, Tuta deu ordens para matar Nadim, alegando que ele era informante da Polícia Militar, e Tobé, porque teria desviado dinheiro da facção. Tuta, entretanto, não provou as acusações e por isso foi sequestrado na Bolívia e aguarda um "veredicto" do "tribunal do crime".
A coluna recebeu a informação de que o braço direito de Tuta em São Paulo também foi sequestrado pelo "tribunal do crime", após participar de uma reunião com integrantes da organização criminosa na favela de Paraisópolis, a segunda maior da capital paulista.
As fontes não divulgaram o nome nem o apelido do homem considerado o braço direito de Tuta. Mas afirmaram que ele já está morto e que o corpo ainda não foi encontrado.
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