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Cuidadora rouba R$ 20 milhões em joias de idosa em São Paulo, diz polícia
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Rita Maria Cruz Santos, 53, trabalhava havia quatro anos em uma mansão nos Jardins, bairro de classe alta da zona sul paulistana. Ela era cuidadora de uma idosa de 93 anos, matriarca de uma das famílias mais ricas e tradicionais de São Paulo.
A cuidadora gozava da confiança da patroa. Era a única funcionária autorizada a ter acesso ao segundo andar da casa. Naquele pavimento ficavam dois cofres. Em um deles, a família trancava os objetos de valor inestimável, como anéis, colares, brincos, correntes e pulseiras de ouro.
A lealdade da funcionária, até então considerada acima de qualquer suspeita, foi quebrada na tarde de 13 de abril deste ano. Foi quando quatro ladrões utilizaram um veículo semelhante ao carro da filha da matriarca para entrar no imóvel sem chamar a atenção da vizinhança.
Os assaltantes usavam uniforme e distintivo da Polícia Civil. Os criminosos invadiram a mansão e amarraram um casal de funcionários. Rita Maria foi levada para o segundo andar e mostrou ao bando onde estavam os cofres. A idosa dona da residência não se encontrava no imóvel.
Os ladrões hostilizaram as outras vítimas. Mas um deles demonstrou certa intimidade com a cuidadora. Imagens de uma câmera de segurança analisadas por policiais civis mostram o assaltante com a mão no ombro de Rita Maria.
Dias antes do roubo, o sistema de câmeras sofreu uma pane. Apenas o equipamento do segundo andar funcionava. A quadrilha não sabia disso. Nas gravações aparecem a cuidadora levando os assaltantes a um cofre pequeno e depois a outro grande, onde estavam as joias avaliadas em R$ 20 milhões.
Outros fatores também despertaram a atenção dos investigadores e colocaram Rita Maria como principal suspeita do planejamento do crime e do repasse das informações privilegiadas para a quadrilha. Na véspera do assalto ela não foi trabalhar. E poucos dias após o roubo entrou em férias.
Na última sexta-feira (16), ela, a irmã Rosemeire Gomes dos Santos, 34, ex-funcionária dos donos da mansão, e o primo Mizael de Jesus Santos, 26, foram presos. Os três tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela juíza Arielle Escandolhero Martinho, do Fórum Criminal da Barra Funda — as joias não foram recuperadas.
Funcionária mais antiga
A magistrada também decretou a prisão de Leandro Casarini da Costa. Até ontem à tarde (19), ele encontrava-se foragido. Investigadores o apontam como o responsável pelo recrutamento dos assaltantes que invadiram a mansão. Dois deles já tinham sido presos em outra ação policial.
Segundo a Polícia Civil, Rita Maria era a funcionária mais antiga da mansão. A irmã dela trabalhou por pouco tempo para a tradicional família paulistana, na mesma residência, só que acabou dispensada porque a experiência não deu certo.
Até ontem à noite, a cuidadora e Rosimeire permaneciam recolhidas em uma carceragem da Polícia Civil na capital paulista. Caso a prisão temporária de ambas seja convertida em preventiva, elas serão removidas para um presídio subordinado à SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária).
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Rita Maria, Rosimeire, Mizael e Leandro, mas publicará na íntegra a versão dos defensores deles assim que houver um posicionamento.
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