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Homem arremessa botijão de gás na cabeça de PM durante abordagem e foge
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Condenado por roubo e receptação, Alef Ribeiro do Nascimento, 28, é acusado de ter arremessado um botijão de gás na cabeça de um policial militar durante uma abordagem, na véspera da eleição, no Jardim Julieta, zona norte de São Paulo.
O soldado Bispo, da 1ª Companhia do 5º Batalhão (Parque Novo Mundo), desmaiou com o impacto e ficou desacordado por alguns instantes. Segundo a Polícia Militar, Alef fugiu. Câmeras de segurança da região registraram a agressão.
As imagens mostram o policial militar sendo atingido em cheio pelo botijão de gás e caindo ao solo. Bispo foi internado em um hospital e permaneceu em observação. O colega de farda dele, soldado Bressoline, levou uma tijolada na perna, mas passa bem.
Segundo a Polícia Civil, as agressões aos militares aconteceram durante uma abordagem no cruzamento da rua das Harpas com a avenida do Poeta. Os soldados Bispo e Bressoline suspeitaram de um rapaz que aparentava estar com uma arma sob a blusa.
De acordo com a polícia, o rapaz resistiu à abordagem. Um PM o agarrou por trás e o outro segurou um dos braços dele para algemá-lo. Moradores do bairro saíram em defesa do vizinho. As imagens mostram ao menos duas mulheres tentando impedir a prisão.
O suspeito conseguiu escapar dos PMs e entrou em um estabelecimento comercial ao lado. A dupla de policiais militares o perseguiu. Pouco tempo depois, outros policiais chegaram ao local para dar apoio aos colegas Bispo e Bressoline.
Um dos policiais militares estava com a arma em punho, e a confusão atraiu até crianças do bairro. Houve correria no estabelecimento comercial. Já do lado de fora do local, o soldado Bispo acabou atingido violentamente pelo botijão.
O militar caiu ao lado da viatura. Poucos minutos depois, ele recobrou a consciência, mas demonstrava estar ainda um pouco tonto em razão da pancada.
Segundo os policiais militares, o botijão foi arremessado por Alef. O caso foi parar no 39º Distrito Policial (Vila Gustavo), onde a ocorrência acabou registrada como tentativa de homicídio, lesão corporal, resistência e incitação ao crime.
A polícia diz que Alef, que conseguiu fugir, já condenado a seis anos de prisão por roubo e receptação. Em 23 de janeiro de 2013, ele e outro homem foram acusados de roubar um Fiat Siena, cartões bancários e o telefone celular de uma vítima.
O roubo aconteceu por volta das 21h30 na rua Padre Saboia de Medeiros, na Vila Maria Alta. Dois dias depois do crime, Alef foi flagrado por policiais militares dirigindo o veículo roubado. A vítima foi chamada à delegacia do bairro, para onde o acusado foi levado, e, segundo a polícia, o reconheceu como autor do assalto.
Alef passou por vários presídios e em 27 de maio de 2019, foi beneficiado com a prisão domiciliar. Segundo boletim informativo da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), ele tinha bom comportamento na prisão.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Alef, mas o espaço está aberto para eventual manifestação da defesa do suspeito.
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