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Josmar Jozino

REPORTAGEM

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Dupla é presa por suspeita de envolvimento na morte de empresária em SP

Thaís Rocha Secundino foi assassinada com golpes de faca no tórax, nas costas e teve o pescoço cortado - Divulgação / Polícia Civil
Thaís Rocha Secundino foi assassinada com golpes de faca no tórax, nas costas e teve o pescoço cortado Imagem: Divulgação / Polícia Civil

Colunista do UOL

06/02/2023 13h54Atualizada em 07/02/2023 07h46

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A Polícia Civil prendeu Cintia Peixe, 31, e Leandro Santos, 45, por suspeita de envolvimento no assassinato da empresária Thais Rocha Secundino, 28. A dupla teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

A vítima foi encontrada morta a facadas dentro de seu Jeep Renegade, no início da noite de sexta-feira (3), em Sapopemba, zona leste paulistana.

O crime pode ter sido motivado por desvio de dinheiro em uma adega. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) investiga o caso.

Empresária Thais Rocha Secundino - Divulgação/Polícia Civil - Divulgação/Polícia Civil
Thaís se apresentava nas redes sociais como proprietária da Adega Central 1056 e da casa noturna Angels Night Club
Imagem: Divulgação/Polícia Civil

A adega fica na avenida São João, região central da cidade. Policiais civis disseram que ela também era sócia de uma casa noturna.

Cintia era funcionária na adega e uma das melhores amigas da empresária. Segundo o DHPP, Thaís também mexia com agiotagem e a amiga fazia as cobranças, recebendo comissão de R$ 40 mil mensais.

Cintia foi ouvida por mais de quatro horas no último sábado, na sede do DHPP. Leandro, motorista de Cintia, a acompanhava nas cobranças. Ele também prestou longo depoimento.

Policiais civis disseram à reportagem que o depoimento da dupla tem muitas contradições. Segundo a delegada Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do DHPP, a prisão temporária de ambos é necessária para a continuidade das investigações.

O namorado de Thais havia dito à polícia que a vítima tinha ido sozinha até Sapopemba, na sexta-feira, para se encontrar com Cintia.

A empresária foi morta com golpes de faca no tórax, costas e teve o pescoço cortado. Ela estava no banco do passageiro do veículo, e o assassino a trancou no Jeep.

A delegada Ivalda descartou a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), porque nada foi levado da vítima. O DHPP também não trabalha com a hipótese de feminicídio, pois apurou que o ex-marido de Thais já está preso há algum tempo.

A família de Thais é de Belo Horizonte. Nas redes sociais, a empresária chegou a postar que estava feliz por ter conseguido comprar o Jeep Renegade e comentava ter a esperança de conquistar outros bens patrimoniais.

A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) confirmou que as duas pessoas foram presas temporariamente e são investigadas por envolvimento nos fatos.

A SSP informou que o caso foi registrado como homicídio pelo 69º DP (Teotônio Vilela), área onde o crime foi praticado, e também que as investigações foram encaminhadas ao DHPP.

A pasta disse ainda que diligências estão em andamento e outros detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial.

A reportagem ainda não conseguiu contato com os advogados de Cintia Peixe e Leandro Santos, mas publicará a versão dos defensores de ambos na íntegra assim que houver um posicionamento.