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Deic evita roubo milionário de joias e pedras preciosas penhoradas na Caixa
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Policiais civis do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) evitaram um roubo milionário em um setor de penhor de joias e metais preciosos em uma das agências da CEF (Caixa Econômica Federal), que provavelmente aconteceria em São Paulo.
Agentes da 2ª Delegacia de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio prenderam ontem Luiz Gustavo de Souza Medeiros, 51, no bairro do Limão, zona norte paulistana, e frustraram a ação de uma quadrilha.
O roubo ocorreria nos próximos dias, segundo o delegado Vagner Alves da Cunha.
O delegado Cunha recebeu a informação sobre um possível depósito de armas no bairro do Limão controlado por um homem com extensa ficha criminal, especialista em roubo a bancos. Os agentes fizeram diligências na região e localizaram o assaltante.
O criminoso levou a equipe até o imóvel onde estava escondido o material. Além do armamento também foram encontradas três granadas, uma armadilha explosiva e uma bisnaga de emulsão. Esse tipo de artefato é muito usado nas explosões de caixas eletrônicos.
Os policiais apreenderam com Luiz Gustavo:
- um fuzil 5.56 e outro 7.62, pistola calibre 380 e explosivos;
- ferramentas modernas para arrombamento de cofres;
- uniformes da Polícia Federal, máscaras e perucas;
- crachás da CEF com fotos dos integrantes do bando.
A apreensão dos crachás de acesso bancário com as fotos dos comparsas de Luiz Gustavo deve ajudar a Polícia Civil a identificar e prender os demais assaltantes. O Deic tem dezenas de álbuns com fotografias de criminosos, além de imagens armazenadas em computadores.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Luiz Gustavo, mas publicará a versão dos defensores dele, caso haja uma manifestação.
Pateta, o pioneiro a ataques a setor de joias
Condenado a 106 anos por roubos, sequestros e associação à organização criminosa, o assaltante José Carlos Rabelo, 50, o Pateta, foi um dos grandes mentores a ataques ao setor de joias penhoradas em instituições bancárias no Brasil, como mostrou esta coluna em 9 de dezembro de 2021.
Pateta e sua quadrilha gostavam de fazer os ataques geralmente no mês de outubro. Foi assim que o bando dominou o porteiro e o zelador de um prédio da rua Augusta, onde funcionava uma agência da Caixa Econômica Federal, em 1998.
Funcionários de uma obra que trabalhavam no edifício acabaram rendidos. Ameaçados de morte, foram obrigados a arrombar centenas de cofres com as próprias ferramentas. Os assaltantes levaram R$ 6 milhões em joias e pedras preciosas de 5 mil clientes.
Em outubro de 1999, o bando liderado por Pateta entrou na agência de penhor da CEF em Santo André, região metropolitana de SP. Os criminosos roubaram dessa vez R$ 5 milhões em joias de 450 clientes.
Em outubro de 2001, a mesma quadrilha viajou para a capital federal. O alvo escolhido foi o BRB (Banco de Brasília). Pateta e seus comparsas sequestraram familiares de gerentes da instituição financeira. Os reféns ficaram em cativeiro.
Uma parte dos ladrões ficou vigiando as vítimas até escurecer. No dia seguinte, por volta das 6h, o restante do bando, já com a senha usada para desativar os alarmes do banco, entrou sem dificuldade no BRB e foi direto ao setor dos cofres. Foram roubados R$ 3,6 milhões em joias.
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